São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2004

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INTERNET

Pesquisador da Amazon acessa trechos de livros à venda; senador americano tenta proibir lançamento do Google

Livraria virtual lança ferramenta de busca

DA REDAÇÃO

Nove meses após o aparente fim da guerra pelo mercado de navegadores, marcado pela decisão da America Online de desmontar a equipe de desenvolvimento do browser Netscape, principal competidor do Internet Explorer, da Microsoft, a concorrência entre empresas de internet se intensifica em outro setor: o das ferramentas de busca. Na semana passada, a livraria virtual Amazon (www.amazon.com), a maior da internet, lançou seu próprio engenho de pesquisa, que se chama A9 e está em www.a9.com.
O A9, que usa a tecnologia do buscador Google (www.google.com), gera resultados fartos e precisos e traz um diferencial interessante: permite estender as pesquisas por palavras-chave ao acervo da Amazon, ou seja, indexa parte do conteúdo de milhares de livros à venda na livraria. Para acessar essa função, clique em Open Book Results após fazer uma busca.
Infelizmente, a integração é variável e imperfeita -para completar a operação, o internauta, que é redirecionado para uma página na Amazon referente ao livro em questão, precisa clicar em outro link, e nem todos os livros pesquisados têm trechos acessíveis via rede.
A exemplo dos buscadores Google e Yahoo! (www.yahoo.com.br), o A9 oferece uma barra de pesquisa, que pode ser instalada no Internet Explorer e permite fazer pesquisas diretamente pelo painel do navegador. Ela deve ser evitada: ao contrário das barras oferecidas pelos outros buscadores, vigia a navegação do usuário na rede. A Amazon admite o monitoramento.

Restrições legais
Após divulgar sua intenção de lançar o serviço de e-mail gratuito Gmail (www.gmail.com), que promete como diferencial o amplo espaço para mensagens -1 Gbyte, contra 2 Mbytes do Hotmail (www.hotmail.com.br) e 4 Mbytes do Yahoo!-, o Google se tornou o centro de uma polêmica nos Estados Unidos.
Ela surgiu porque o Gmail verificaria automaticamente o conteúdo das mensagens recebidas pelos usuários e acrescentaria anúncios a elas. Essa característica foi considerada uma violação de privacidade por um senador californiano, que está redigindo uma lei para proibir o Google de ler as mensagens. O serviço também motivou críticas de pelo menos uma ONG européia.
Em entrevista ao "The Wall Street Journal", o presidente do Google, Sergey Brin, admitiu a possibilidade de alterar recursos do Gmail, cujo lançamento deve ocorrer nas próximas semanas.
Com 1 Gbyte, o usuário tem espaço suficiente para guardar aproximadamente 100 mil mensagens sem arquivos anexados ou até 20 mil mensagens com uma foto média cada uma.
Enquanto o Gmail não chega, internautas que desejam uma caixa postal de 1 Gbyte já têm uma opção gratuita. Se você quiser ver telas do Gmail, acesse gmail.google.com/gmail/help/screen1.html.
O Gmail pode ser considerado um revide à Microsoft, que é dona do Hotmail e recentemente anunciou sua intenção de ganhar espaço no mercado de buscadores fazendo melhorias no buscador MSN (www.msn.com.br).
Durante a semana finda em 27 de março, o Yahoo! teve 10,2% do mercado de buscadores, contra 14,9% do Google. No ano passado, o Yahoo! comprou as ferramentas de busca AltaVista (www.altavista.com) e AlltheWeb (www.alltheweb.com).


Com agências internacionais


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