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Samsung Blue Earth falha no carregamento pelo painel solar
MARINA LANG
DA REPORTAGEM LOCAL
A associação de um produto
com o rótulo de ecologicamente correto é uma das grandes
apostas entre as grandes corporações de tecnologia para se diferenciar no mercado competitivo -e o celular Blue Earth
não foge dessa premissa.
Apresentado pela Samsung
no começo do ano passado, o
aparelho é pioneiro na aplicação de um painel solar. Chega
agora às lojas brasileiras por
meio da operadora Claro.
O conceito verde vem desde a
caixa e o manual, ambos feitos
com papel reaproveitado. O
Blue Earth é feito com plástico
reciclado chamado PCM, que é
extraído de garrafas PET. Ele
também é livre de substâncias
tóxicas, como o berílio.
Tela brilhante, duração de
energia e Bluetooth podem ser
ajustados para uso econômico,
e a redução de consumo da
energia chega a 20%, segundo a
empresa.
O impacto do design imponente em degradê azulado, entretanto, diminui quando se coloca o mote ecológico em teste.
Não houve carregamento da
bateria do aparelho com o painel solar posicionado diretamente no sol, em dois dias distintos durante uma hora, nos
testes efetuados pela Folha.
Segundo a companhia, uma
hora de carregamento solar
proporcionaria entre cinco e
dez minutos de ligações.
A Samsung informa no manual que se trata do carregamento secundário do aparelho
-a energia elétrica é a fonte
primária para a bateria.
Procurada pela Folha, a
Samsung informou que é necessário ter um mínimo de
energia na bateria para que a
captação de energia funcione
-a informação não consta no
manual do aparelho. "Em nenhum momento, o carregamento elétrico é substituído
pelo carregador solar. O celular
precisa, ao menos, ligar para
carregar", orienta o gerente de
produto Raphael Rocha. Ele
diz que a empresa vai revisar o
manual a fim de inserir essa informação.
A navegação do aparelho é
feita na tela sensível ao toque
de três polegadas, e funciona
bem. A distribuição dos widgets é otimizada -ficam armazenados na tela principal, em
uma aba na lateral esquerda do
aparelho, que é vista conforme
o toque do usuário.
Um passatempo divertido é a
função de passos ecológicos.
Quando ativada, "sente" e calcula o número de passos dados
pelo usuário e dá os números
equivalentes a calorias gastas e
à redução de emissão de dióxido de carbono (e quantas árvores serão poupadas com a caminhada). O recurso funciona
apenas quando o aparelho está
próxima ao corpo -na bolsa,
por exemplo, não fica operante.
Com tecnologia GSM, conexão 3G, Wi-Fi e câmera de 3
Mpixels, o Blue Earth tem preço sugerido de R$ 949.
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