São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

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Pechincha digital

Chegada dos PCs do programa "Computador Para Todos" obriga concorrentes a baixar seus preços; veja testes dos micros econômicos e descubra quais suas vantagens e seus problemas

JULIANO BARRETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Comprar um computador no Brasil nunca custou tão pouco.
As fabricantes foram impulsionadas por incentivos fiscais dados pelo governo e pela concorrência gerada pelo programa "Computador Para Todos", no ano passado, e passaram a oferecer modelos mais básicos e baratos.
As redes varejistas, por sua vez, ajudam a popularizar os modelos com condições de compra facilitadas. Os resultados da pechincha começam a aparecer. Já é possível comprar PCs com gravador de CDs e 40 Gbytes de disco rígido por menos de R$ 1.500.
Segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o valor médio dos PCs vendidos em São Paulo caiu 15%.
"O programa do governo e a desvalorização do dólar foram os principais responsáveis pela baixa nos preços, mas as fabricantes que não participaram dessa iniciativa reduziram o custo dos produtos para responder a demanda do mercado", diz o coordenador da Fipe, Paulo Picchetti.
O sucesso das vendas dos micros baratos também fizeram com que as multinacionais voltassem suas atenções aos usuários.
Um exemplo: Dell e HP, duas das maiores fabricantes do mundo, lançaram PCs populares.
As conseqüências do barateamento das máquinas não param por aí. Com pagamento facilitado por redes de varejo, os consumidores do mercado informal, que monta PCs com componentes de de origem desconhecida, estão diminuindo e migrando.
De acordo com a consultoria IDC, em 2005, a participação dos micros montados foi de 61%, contra 74% em 2004.


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