|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Confira avaliação de Linux feita por iniciante
MARCOS SANCHES
ESPECIAL PARA A FOLHA
Pela primeira vez na vida estou
escrevendo em um editor de texto
que não é o Word nem o bloco de
notas do Windows. É o editor do
Conectiva Office, para Linux.
A experiência não parece nova,
tudo parece idêntico ao Word. As
ferramentas, os menus, a tela, tudo. Mas, se além de escrever eu
quiser formatar o texto, mudar
cores ou inserir caracteres especiais, começo a ver diferenças.
Colorir caracteres dá um certo
trabalho. Descobri que, para fazer
isso, é preciso clicar e manter o
botão pressionado em vez de apenas apertar o botão. É uma tarefa
insignificante, mas você precisará
descobrir como fazê-la.
A área de trabalho do Linux
também é semelhante à do Windows e, por isso, tive certeza de
que não teria problemas em utilizar o computador. Existe um editor de planilhas, como o Excel,
um processador de textos, como o
Word, e um programa de apresentações, como o PowerPoint.
Quando usei esses softs, porém,
percebi as diferenças. O usuário
do Windows vai precisar exercitar
a "arte de fuçar" para aprender
como as coisas funcionam.
Nem tudo é igual. O editor de
textos parece com o Word, mas
não é o Word, e assim por diante.
A primeira tarefa que quis realizar
foi aumentar a definição da tela,
para que as letras não fossem tão
pequenas, pois tenho problema
de visão. Seguindo mais ou menos o que eu fazia no Windows,
procurando aqui e ali, eu cheguei
lá de maneira relativamente fácil.
Não há, no Linux, um corretor ortográfico e, como digito rapidamente e não quero perder tempo
com revisões, esse recurso me
ajudaria muito. Pode ser que o
corretor ortográfico exista e esteja
desativado, mas, para descobrir
isso, eu teria que pesquisar no micro. Chega uma hora em que essa
busca fica cansativa.
A sensação que se tem é a de que
tudo está ali, mas organizado de
forma estranha. Parece igual, mas
não é. Se você já está acostumado
com o Windows, logo vai se perguntar por que usar o Linux. Por
que perder tempo procurando
funções, por que se tornar especialista em software, se você já sabe usar outro que faz exatamente
a mesma coisa?
No começo, o Linux era interessante pela curiosidade da descoberta, mas, depois, ele se transforma em uma verdadeira prova de
paciência.
Marcos Sanches é estatístico e foi convidado a testar o sistema operacional
Conectiva Linux do micro da Positivo,
vendido pelo programa "Computador
Para Todos".
Texto Anterior: Softs ajudam a incrementar computador Próximo Texto: Editor de imagens tem baixo custo Índice
|