São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

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Confira avaliação de Linux feita por iniciante

MARCOS SANCHES
ESPECIAL PARA A FOLHA

Pela primeira vez na vida estou escrevendo em um editor de texto que não é o Word nem o bloco de notas do Windows. É o editor do Conectiva Office, para Linux. A experiência não parece nova, tudo parece idêntico ao Word. As ferramentas, os menus, a tela, tudo. Mas, se além de escrever eu quiser formatar o texto, mudar cores ou inserir caracteres especiais, começo a ver diferenças. Colorir caracteres dá um certo trabalho. Descobri que, para fazer isso, é preciso clicar e manter o botão pressionado em vez de apenas apertar o botão. É uma tarefa insignificante, mas você precisará descobrir como fazê-la. A área de trabalho do Linux também é semelhante à do Windows e, por isso, tive certeza de que não teria problemas em utilizar o computador. Existe um editor de planilhas, como o Excel, um processador de textos, como o Word, e um programa de apresentações, como o PowerPoint. Quando usei esses softs, porém, percebi as diferenças. O usuário do Windows vai precisar exercitar a "arte de fuçar" para aprender como as coisas funcionam. Nem tudo é igual. O editor de textos parece com o Word, mas não é o Word, e assim por diante. A primeira tarefa que quis realizar foi aumentar a definição da tela, para que as letras não fossem tão pequenas, pois tenho problema de visão. Seguindo mais ou menos o que eu fazia no Windows, procurando aqui e ali, eu cheguei lá de maneira relativamente fácil. Não há, no Linux, um corretor ortográfico e, como digito rapidamente e não quero perder tempo com revisões, esse recurso me ajudaria muito. Pode ser que o corretor ortográfico exista e esteja desativado, mas, para descobrir isso, eu teria que pesquisar no micro. Chega uma hora em que essa busca fica cansativa. A sensação que se tem é a de que tudo está ali, mas organizado de forma estranha. Parece igual, mas não é. Se você já está acostumado com o Windows, logo vai se perguntar por que usar o Linux. Por que perder tempo procurando funções, por que se tornar especialista em software, se você já sabe usar outro que faz exatamente a mesma coisa? No começo, o Linux era interessante pela curiosidade da descoberta, mas, depois, ele se transforma em uma verdadeira prova de paciência.


Marcos Sanches é estatístico e foi convidado a testar o sistema operacional Conectiva Linux do micro da Positivo, vendido pelo programa "Computador Para Todos".

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