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diversão
Jogos de guerra
Conflito do Iraque chega com realismo ao mundo eletrônico, mas orientado pela visão de militares norte-americanos
THÉO AZEVEDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Na vida real ninguém as quer,
mas, no contexto seguro, divertido e realista dos videogames,
não faltam candidatos para se
alistar em batalhas que vão da
Segunda Guerra aos mais variados confrontos militares fictícios. Até a Guerra do Iraque finalmente será enviada às linhas de frente de PC, Playstation 3 e Xbox 360 em Six Days
in Fallujah, prometido para
chegar às lojas no ano que vem.
É verdade que certas batalhas realizadas no Iraque haviam sido recriadas em KumaWar ainda em 2004, mas esse
simulador de guerra para PC,
além de pouco popular, era tecnicamente bastante precário.
Em Six Days in Fallujah, a situação mostra-se bem mais
animadora: o jogo conta com a
consultoria de veteranos da
guerra para propiciar o maior
nível de realismo possível.
Diários, fotografias e vídeos,
sem falar na lembrança dos soldados americanos que lá estiveram são a base do game, que recria operações como a que recebeu o nome de Fúria Fantasma, quando Faluja foi ocupada
pelo Exército dos EUA. A cidade a oeste de Badgá era um centro da resistência contra as tropas de George W. Bush.
Six Days in Fallujah utilizará
vídeos e vozes dos soldados
lembrando suas experiências
no campo de batalha. Fotos
capturadas via satélite propiciam cenários fiéis às vizinhanças iraquianas.
O game, que, como o título
sugere, cobre um período específico de seis dias da guerra, terá uma tecnologia gráfica capaz
de recriar cenários onde praticamente tudo pode ser destruído. O jogador integra um esquadrão de quatro soldados
com a missão de eliminar qualquer insurgente que aparecer
pelo caminho.
"Nosso objetivo é dar às pessoas a chance de experimentar
como é ser um soldado no confronto, um civil na cidade ou
um insurgente", disse Peter
Tamte, presidente da produtora, ao site do "Los Angeles Times". Porém, até agora não foi
decidido se será possível jogar
na pele dos insurgentes.
Recrutas virtuais
Em 2002, o Exército norte-americano inovou ao criar um
game com a missão de estimular o recrutamento militar entre os jovens do país: America's
Army chegou ao mercado e, para ganhar espaço entre tantos
jogos de tiro, usou uma combinação de armas quase imbatível: era extremamente realista
e totalmente gratuito. A proposta não mudou muito em
America's Army 3, que será lançado para PC este ano.
Assim como no original, o objetivo principal ainda é ser uma
ferramenta de alistamento,
proporcionando uma visão verossímil dos treinamentos do
exército dos EUA e das opções
de carreira, sem falar nos valores e na cultura militares.
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