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SERVIÇO
Softwares e páginas da internet especiais permitem que cegos e surdos aproveitem os recursos da computação
Sistemas beneficiam deficientes físicos
CAROLINA MANDL
DA REPORTAGEM LOCAL
Neste ano, algumas novidades
na área da informática poderão
beneficiar cerca de 10% da população brasileira. Leitores de tela,
dicionários em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e sites serão
lançados para o público de 16 milhões de deficientes contabilizados pela OMS (Organização
Mundial da Saúde).
Difícil é saber quantos realmente aproveitarão esses produtos.
Não há dados sobre o assunto,
mas, segundo os especialistas ouvidos pela Folha, os portadores de
deficiência engrossam as fileiras
dos excluídos digitais.
No próximo mês, deve ser lançado o portal Rede Saci (www.saci.org.br). A página já está no
ar, mas será ampliada para atender deficientes e educadores. Nela
estão notícias e até pacotes de
programas gratuitos para cegos e
para deficientes motores -para
achar, clique em Kit Saci.
Também está saindo do forno
um software para controlar o PC
pela voz, o Motrix. Desenvolvido
pelo Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro), o soft
deverá atender aos tetraplégicos,
que poderão digitar textos e acessar a rede com ordens faladas.
Por R$ 850, será possível comprar o leitor de tela Virtual Vision
para Windows XP, NT e 2000, da
MicroPower. A versão atual custa
R$ 500 e é distribuída de graça pelo Bradesco para os correntistas.
Os Infocentros do Acessa São
Paulo -projeto do Estado que
tem 51 salas de informática com
acesso gratuito- terão um dicionário virtual de Libras. Assim,
quando um surdo não souber como se escreve uma determinada
palavra, bastará mostrar o sinal,
que ele indicará a grafia. As salas
já têm softs para cegos.
A Feneis (Federação Nacional
de Educação e Integração dos
Surdos) está fazendo um dicionário de informática com mais de
200 verbetes. "Estamos criando
sinais para palavras como drive e
disquete", diz Andrea Giovanella,
coordenadora dos cursos.
A Biblioteca Braile, do Centro
Cultural São Paulo, quer inaugurar em breve uma sala de informática para seus usuários, mas
ainda depende da doação de algumas máquinas e programas.
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