São Paulo, quarta-feira, 22 de maio de 2002

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SERVIÇO

Softwares e páginas da internet especiais permitem que cegos e surdos aproveitem os recursos da computação

Sistemas beneficiam deficientes físicos

CAROLINA MANDL
DA REPORTAGEM LOCAL

Neste ano, algumas novidades na área da informática poderão beneficiar cerca de 10% da população brasileira. Leitores de tela, dicionários em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e sites serão lançados para o público de 16 milhões de deficientes contabilizados pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Difícil é saber quantos realmente aproveitarão esses produtos. Não há dados sobre o assunto, mas, segundo os especialistas ouvidos pela Folha, os portadores de deficiência engrossam as fileiras dos excluídos digitais.
No próximo mês, deve ser lançado o portal Rede Saci (www.saci.org.br). A página já está no ar, mas será ampliada para atender deficientes e educadores. Nela estão notícias e até pacotes de programas gratuitos para cegos e para deficientes motores -para achar, clique em Kit Saci.
Também está saindo do forno um software para controlar o PC pela voz, o Motrix. Desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o soft deverá atender aos tetraplégicos, que poderão digitar textos e acessar a rede com ordens faladas.
Por R$ 850, será possível comprar o leitor de tela Virtual Vision para Windows XP, NT e 2000, da MicroPower. A versão atual custa R$ 500 e é distribuída de graça pelo Bradesco para os correntistas.
Os Infocentros do Acessa São Paulo -projeto do Estado que tem 51 salas de informática com acesso gratuito- terão um dicionário virtual de Libras. Assim, quando um surdo não souber como se escreve uma determinada palavra, bastará mostrar o sinal, que ele indicará a grafia. As salas já têm softs para cegos.
A Feneis (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos) está fazendo um dicionário de informática com mais de 200 verbetes. "Estamos criando sinais para palavras como drive e disquete", diz Andrea Giovanella, coordenadora dos cursos.
A Biblioteca Braile, do Centro Cultural São Paulo, quer inaugurar em breve uma sala de informática para seus usuários, mas ainda depende da doação de algumas máquinas e programas.



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