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O melhor e o pior da web 2.0
Sites mais votados em enquete usam conteúdo
feito por internautas e promovem a colaboração;
perda de privacidade é grande risco dos serviços
PAULA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Desde que o termo web 2.0
surgiu, em 2004, ele causa polêmica. É só um rótulo, dizem
alguns. É a evolução da internet, afirmam outros.
O termo web 2.0 foi cunhado
por Tim O'Reilly, da editora de
livros de tecnologia que leva
seu sobrenome, para descrever
sites que, após o estouro da bolha da internet, sobreviveram
com um novo modelo focado
na participação do usuário.
Mas o próprio O'Reilly disse,
em artigo que escreveu sobre o
tema em 2005, que há muita
discordância sobre o que exatamente é a web 2.0 -alguns dizem que ela não passa de uma
palavra de marketing da moda.
Apesar da polêmica, a maioria dos internautas reconhece
um site da web 2.0 quando o vê.
Uma enquete com especialistas, blogueiros e membros da
Redação da Folha, com respostas espontâneas, revelou grande concordância em relação
aos melhores sites da web 2.0.
Em comum, os sites mais
lembrados têm a forte geração
de conteúdo pelo usuário.
"A web 2.0 não é uma determinada tecnologia, e sim o conceito de o usuário produzir e
não só para ele mesmo, mas para todos", diz Ana Laura Gomes, professora dos cursos de
internet e de computação gráfica do Senac de São Paulo.
Na opinião de Steve O'Hear,
responsável pelo blog de web
2.0 do site norte-americano
ZDNet, os melhores sites "têm
em comum o fato de remover
barreiras para que as pessoas
publiquem e se expressem na
internet", diz ele.
A Wikipédia (pt.wikipedia.org), enciclopédia on-line
produzida e editada pelos
usuários, e o YouTube
(www.youtube.com), site que
permitiu a todos postar seus
filmes na internet de forma fácil, foram os mais lembrados.
Negativo
Mas a web 2.0 não é só esse
mundo maravilhoso de autonomia total ao internauta.
As empresas responsáveis
pelos sites costumam ter poder
muito grande sobre o que é gerado pelos internautas: em
muitos casos, pode decidir unilateralmente remover conteúdo e alterar seus serviços.
Os especialistas ouvidos pela
Folha consideraram ruins
também os sites com ferramentas da web 2.0, como tags,
mas que não levam a sério a
contribuição dos internautas.
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