|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
reportagem de capa
Helicópteros-robôs aprendem novas manobras aéreas
TREINAMENTO >> Pesquisadores são capazes de ensinar às aeronaves movimentos complicados em menos de 30 minutos
DA "TECH REVIEW"
Programar instruções para
robôs pode ser demorado e trabalhoso. Muitos cientistas da
área acreditam que o treinamento de robôs por meio da demonstração de novas habilidades poderia acelerar o processo
e possibilitar a realização de tarefas mais difíceis.
Agora, pesquisadores criaram esse tipo de sistema para
helicópteros automatizados. A
equipe é capaz de, em menos de
30 minutos, treinar um helicóptero automatizado para
realizar uma manobra aérea
complicada simplesmente por
meio da análise da seqüência de
imagens da manobra.
O trabalho poderá ser um dia
aplicado a uma grande variedade de robôs na terra e no mar,
assim como no céu.
Para manobras mais básicas,
pesquisadores podem programar comandos específicos com
base na mesma forma como um
operador humano usaria os
controles. Porém, acrobacias
aéreas, como voar de cabeça para baixo, requerem um método
mais robusto e adaptável.
"Não basta apenas repetir a
mesma seqüência de controles
usada por um piloto humano",
disse Pieter Abbeel, que trabalhou como pesquisador no projeto enquanto concluía seu
PhD na Universidade Stanford.
Por meio da metodologia de
aprendizagem, o robô é capaz
de fazer mudanças durante o
vôo porque ele não está preso a
uma série específica de comandos. Isso pode ajudar os helicópteros automatizados a lidar
com os desafios do mundo real,
como aterrissar em um terreno
inclinado ou se adaptar às mudanças repentinas das condições climáticas, o que, no final,
torna o vôo mais estável.
O treinamento começa com
um especialista demonstrando
uma nova manobra em um helicóptero guiado por controle
remoto. Conforme o especialista repete a manobra, um dos
pesquisadores pressiona um
botão a fim de indicar o início e
o fim de cada tentativa.
O especialista precisa repetir
cada manobra aproximadamente dez vezes para que desvios sutis possam ser eliminados e para que o software consiga calcular a trajetória ideal.
No final, o programa cria um
modelo aerodinâmico altamente preciso da manobra a
ser usada como guia de vôo pelo
helicóptero automatizado.
Depois de levantar vôo, o helicóptero-robô transmite, por
rede sem fio, as informações
para um computador no solo a
partir do seu sensor de bordo.
Flexibilidade
No futuro, a equipe espera
tornar o sistema mais flexível.
"Como humanos, quando
aprendemos algo, há muitas
coisas que aceleram esse processo, além de demonstrações.
Um piloto especialista pode dar
conselhos de outras formas",
disse Abbeel, referindo-se a
meios como dicas dadas oralmente ou por escrito.
Idealmente, o grupo espera
elaborar um sistema que seja
capaz de incorporar esse tipo
de ajuda.
(RACHEL KREMEN)
Tradução de FABIANO FLEURY DE SOUZA CAMPOS
Texto Anterior: Robôs históricos Próximo Texto: Demografia: População de robôs no mundo atinge 18,2 mi em 2011 Índice
|