São Paulo, quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

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Bordel dá sexo em troca de transmissão on-line

DOUGLAS LYTLE
YON PULKRABEK
DA BLOOMBERG

Se você quiser assistir a Nick, 36, transando com uma prostituta, ele ficará satisfeito em deixar. O técnico de segurança bancária dirigiu oito horas de sua casa, na França, até o Big Sister, bordel de Praga, na República Tcheca, onde os clientes examinam atentamente, em uma tela, um menu com mulheres disponíveis gratuitamente. A contrapartida é que os clientes têm de permitir que suas façanhas sexuais sejam filmadas e exibidas na internet.
"Sexo não é tabu para mim", diz Nick, apesar de não querer a divulgação de seu sobrenome.
O Big Sister está unindo a tecnologia do século 21 à profissão mais antiga do mundo para lucrar com o apetite do público por reality shows cada dia mais explícitos. Desde 2005, mais de 15 mil homens aceitaram a oferta de sexo gratuito em troca de 15 minutos -ou menos- de fama, segundo o bordel.
Os visitantes do bordel virtual na internet pagam o equivalente a R$ 80 por uma assinatura de um mês, que dá direito a um cardápio de sexo catalogado por posição, preferência e número de pessoas envolvidas.
"Nossa meta é atrair o maior número de pessoas para assistirem à primeira TV de reality show sobre sexo", diz o gerente de marketing do bordel, Carl Borowitz. "Isso é um National Geographic para adultos. Todo mundo fica curioso em assistir ao sexo do próximo."


15 mil
homens já passaram pelos quartos do Big Sister (www.bigsister.net), trocando sexo por exposição on-line, desde 2005, segundo números do bordel instalado em Praga. É o mesmo número de visitas que o site do Big Sister recebe diariamente



Os visitantes do Big Sister começam pelo menu eletrônico, que fornece a idade, o peso, o nome de guerra e o idioma que cada uma das mulheres fala. Após o cliente fazer sua escolha, ele deve assinar os formulários autorizando a transmissão do conteúdo.
Cada movimento é gravado por mais de 50 câmeras de vídeo dispostas em todos os cantos, dos banheiros aos suportes de cabeceiras das camas.
O Big Sister é o resultado lógico da mania por reality shows na TV, diz Paul Levinson, catedrático de estudos sobre comunicação e mídia da Universidade Fordham de Nova York. O nome do bordel é uma brincadeira com o "Big Brother", com o qual não tem relação.
"Realmente parece que as pessoas gostam de todos os extremos da TV de realidade", diz Levinson, que não conhecia o Big Sister. "À medida que a mídia avança mais, ela fica mais real. Da mesma forma que a alta definição substituiu a TV preto-e-branco, esse avanço também foi observado com relação ao conteúdo."
No Big Sister, cerca de uma dúzia de clientes exibe seu desempenho para as câmeras todas as noites, e o site do bordel recebe de 10 mil a 15 mil visitas por dia, diz Borowitz. Eles assistem a cenas no quarto Alpino, decorado como o cenário de "A Noviça Rebelde", ou no Iglu, com um urso polar.
Em uma sala de controle no segundo andar, três operadores de computador escolhem os melhores ângulos. Um aviso na parede desestimula os operadores dos monitores a pensarem que eles serão o próximo Ingmar Bergman: "Nós não filmamos o ar. Nós filmamos pessoas transando em um bordel."

RIAA POR ÚLTIMO
O TorrentFreak.com noticiou que o site da Riaa, entidade que agrega a indústria fonográfica, teve a página alterada por hackers na semana passada. Eles eliminaram todo o conteúdo do site por horas.

2,5 mi
de downloads de músicas para o jogo Rock Band, a cerca de R$ 4, foram feitos nas oito semanas seguintes ao início das vendas, segundo a MTV

MÉXICO, ÁFRICA
A partir deste ano, grupos de criminosos on-line devem crescer e aparecer na África e no México. O Brasil já concentra muitos deles. A conclusão é da empresa de segurança F-Secure (www.f-secure.com)


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