DO "NEW YORK TIMES"

Os usuários que baixam vídeos dizem que não estão querendo roubar conteúdo; só procuram uma flexibilidade razoável para assistir ao mesmo programa em televisores diferentes ou indo para o trabalho, por exemplo.
Seja como for, o setor de TV começou a repensar suas regras. Algumas das propostas que se concentram no serviço de vídeo por demanda (VOD) são bastante radicais, indo além dos filmes, noticiários e destaques da NFL (Liga Nacional de Futebol Americano) que municiam, atualmente, os serviços mais ambiciosos.
Pesquisa feita pela rede CBS constatou que muitos espectadores aceitariam pagar US$ 1 para assistir a cada programa de televisão, desde que eles pudessem fazer isso quando quisessem e com a possibilidade de pular os intervalos comerciais.
Considerando que o espectador médio assiste a somente metade dos episódios de uma série, disse ele, o serviço por demanda não afetará a programação regular.
Um outro estudo da CBS deu aos espectadores a chance de elaborar sua própria programação televisiva. Eles poderiam escolher entre um seleto grupo de programas pay-per-view, além da escala normal da programação gratuita daquela noite.
Mais de metade dos 211 pesquisados optaram por pagar dinheiro extra por pelo menos um programa. "É assim que as pessoas desejam receber a programação de televisão", disse Poltrack.
Antes que o vídeo por demanda se popularize, um desconcertante emaranhado de contratos e questões de compartilhamento de receitas entre produtores, programadores e distribuidores de televisão precisa ser superado.
Não obstante, os executivos entendem que não têm outra alternativa a não ser ir em frente.
"Você vai lucrar mais e sofrer menos com o mercado negro se você simplesmente criar oportunidade de acesso a conteúdo gratuito", disse Garland, da Big Champagne.