São Paulo, quarta-feira, 23 de maio de 2007

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Reportagem de capa

Coréia do Sul debate ética para robôs

CÓDIGO - Grupo vai basear regras nas três leis da robótica propostas por Isaac Asimov

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

discussão ética em torno da robótica não se restringe à ficção científica. Há duas semanas, o governo sul-coreano revelou que, até o final deste ano, um grupo de cientistas, advogados e médicos deve formatar um código ético para as máquinas.
O código será inspirado nas três leis da robótica propostas por Isaac Asimov no conto "Runaround", de 1942.
Segundo a agência de notícias Reuters, prevê-se que, em dez anos, todas as casas da Coréia do Sul contem com um robô.
"Esperamos que logo virá o dia que robôs poderão tomar suas próprias decisões. Então, estamos apresentando esse código como um conjunto de regras éticas sobre a atividade e as habilidades dessas máquinas", disse o Ministério do Comércio sul-coreano, responsável pela iniciativa, em um comunicado.
Com uma população que envelhece rapidamente, parte desses equipamentos será utilizada em assistência aos cidadãos idosos.
A Coréia do Sul gasta, de acordo com a Reuters, US$ 80 milhões por ano no desenvolvimento de robôs.
A popularização dos robôs levou o cientista italiano Gianmarco Veruggio a cunhar o termo roboethic (roboética), em 2002. Veruggio é o líder do departamento de robótica do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália.
O termo se refere a um guia para os humanos, para que o material, a construção e a utilização dos robôs respeitem os direitos humanos e o ambiente, entre outras questões.
No primeiro Simpósio Internacional de Roboética, em 2004, os palestrantes foram de áreas bastante distintas. Falaram, entre outros, um cientista do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e um professor de uma universidade ligada à organização católica Opus Dei. (GVB)


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