A tela é sua Hospedeiros de vídeos passam o internauta para o lado de dentro do monitor como produtor de conteúdo

MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL

A internet vive um remake turbinado de "A Rosa Púrpura do Cairo", de Woody Allen em que o herói do filme sai da tela para encontrar a mocinha espectadora. Em tempos de YouTube, o site de compartilhamento de vídeos que revolucionou o uso dos filmes pela internet, todo mundo pode entrar e sair da tela.
Enquanto muitos exploram o site como espectadores, procurando produções que viram assunto nas rodas de amigos, outros testam suas habilidades publicando clipes de autoria própria. Foi o que fez o diretor Esmir Filho, que falou à Folha sobre sua experiência como autor de um dos maiores fenômenos brasileiros do YouTube, o curta "Tapa na Pantera" (leia texto ao lado). Somadas, as três postagens mais acessadas do vídeo beiram os 3,2 milhões de reproduções, ou seja, é possível que mais de um em cada quatro internautas brasileiros já tenha assistido à produção, já que há 14,4 milhões de brasileiros conectados, de acordo com o Ibope NetRatings.
Os dados são apenas uma pequena amostra do tamanho da audiência que pode ser obtida no YouTube, que, segundo a Nielsen NetRatings, é visitado por 20 milhões de pessoas todos os meses. Apesar da popularidade, o YouTube não é o único a oferecer o serviço, que vem sendo explorado -até com melhorias- por sites concorrentes.
Com uma câmera, uma filmadora, um celular ou uma webcam, é possível mudar de lado e passar de espectador a produtor. Depois disso, basta publicar seu vídeo na rede e entrar de uma vez na telinha.


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