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Restos de PCs podem provocar doenças
DA REPORTAGEM LOCAL
Os eletrônicos podem conter
até 60 diferentes elementos.
Alguns são valiosos, alguns são
perigosos e outros reúnem as
duas características, segundo o
relatório de e-lixo do Pnuma,
programa da ONU.
Grande parte disso é perdido
em esforços de coleta insuficientes, reciclagem inapropriada ou com a exportação ilegal
de lixo. Nesse processo, diz o
estudo da ONU, grandes emissões de substâncias perigosas
são liberadas.
E isso pode afetar a sua vida
diretamente. "Com relação ao
lixo mais comum (como celulares, TVs e baterias), o risco de
contaminação é, principalmente, por meio do solo, dos esgotos e do lençol freático, o que
acaba contaminando a água potável, a água de irrigação de
plantações e os alimentos plantados nesse solo", explica
Eduardo Mello De Capitani, do
Centro de Controle de Intoxicações da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Substâncias tóxicas
As principais substâncias tóxicas existentes nesse tipo de lixo são elementos químicos como o chumbo, o mercúrio, o
cádmio, o níquel e o berílio, segundo Capitani.
Chumbo, mercúrio e cádmio
estão associados à intoxicação
de humanos e animais, segundo o especialista, e as crianças
são as principais vítimas.
O cádmio, explica Capitani,
está relacionado a alterações
renais.
Apesar disso, ele explica que
a quantidade dos elementos tóxicos encontrada em cada aparelho é pequena, mas, quando
vários dispositivos são armazenados em más condições, as
substâncias podem se concentrar e migrar para o solo ou para
o lençol freático.
Uma exceção são as baterias
automotivas, que têm grande
quantidade de chumbo.
(AD)
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