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TECNOLOGIA
Fácil de usar, DMR-E20 proporciona boa qualidade de imagem; lançamento terá preço alto
Videocassete digital faz gravação em DVDs
BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Paralelamente ao desenvolvimento da TV digital, que começa
a incorporar funções interativas, os fabricantes de equipamentos eletrônicos aperfeiçoam o principal acessório do televisor: o videocassete.
Há alguns anos, surgiram no mercado dos Estados Unidos gravadores digitais que empregam tecnologia de informática, registrando os programas de TV em um
disco rígido embutido.
Mas os aparelhos desse tipo, como o TiVo (www.tivo.com) e o
ReplayTV (www.replaytv.com),
têm uma limitação marcante: como o disco é interno e fixo, sua capacidade de armazenamento é limitada. O videocassete digital
DMR-E20, da Panasonic, não apresenta esse problema, pois
grava os programas em DVDs.
Externamente, o DMR-E20, que deverá chegar ao mercado brasileiro em setembro e foi testado com exclusividade pela Folha, lembra muito um gravador comum: tem as mesmas entradas e saídas de um vídeo tradicional.
Quando foi ligado pela primeira
vez, o aparelho sintonizou automaticamente os canais de TV disponíveis. Em seguida, tentou ajustar sozinho o seu relógio interno. Isso seria um recurso valioso, pois muitos usuários até hoje não sabem acertar o relógio do vídeo. O problema é que essa função usa sinais transmitidos por
emissoras e, por isso, não funcionou durante os testes.
Usar o videocassete digital é simples: basta colocar um disco
DVD-R (gravável) ou DVD-RAM (regravável) na bandeja frontal, esperar 20 segundos, selecionar a fonte de vídeo desejada -programas de TV ou filmadora- e
apertar o botão Rec. O gravador aceita discos comuns ou em cartucho (encapsulados).
O DMR-E20 oferece quatro modos de gravação: XP (armazena
uma hora de vídeo por disco), SP
(duas horas), LP (quatro) e EP
(seis). Para avaliar a qualidade de
imagem, o aparelho foi conectado
a uma câmera Digital8, que alcança 520 linhas de resolução.
Nos modos XP e SP, os resultados foram excelentes. No modo
LP, a qualidade piorou, mas continuou muito melhor do que a obtida com um videocassete analógico. O modo EP se mostrou
ruim: estragou a imagem, cujos
movimentos passaram a ser reproduzidos aos trancos.
É possível dobrar a autonomia
usando discos que admitem gravação dos dois lados, mas eles
precisam ser virados manualmente. Isso significa que, na
maioria dos casos, os usuários terão de se contentar com quatro
horas de duração por disco, o que prejudica a utilização do DMR-E20 em gravações programadas da TV.
Quem possui uma filmadora digital também sentirá a falta de
uma entrada Firewire, que permitiria gravar vídeos com maior
qualidade. Apesar disso, o aparelho, que também pode ser usado
para assistir a filmes em DVD, substitui com vantagens um videcassete comum. A restrição está no preço: segundo o fabricante, o DMR-E20 custará R$ 4.000.
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