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consumo
Direção certeira
Volantes e manches ajudam a aumentar realismo de jogos de corrida e simuladores de voo
GAVROCHE FUKUMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em qualquer esporte, a diferença entre o fracasso e o sucesso reside em grande parte
na inspiração e na habilidade; o
restante fica por conta do equipamento. Rafael Nadal ou Roger Federer têm o dom de jogar
tênis como poucos, mas usar o
melhor calçado e empunhar
um modelo de raquete top de linha ajudam na hora em que o
jogo chega ao nível de profissionais tão bem ranqueados.
Na seara dos videogames, a
história não é diferente: os e-atletas recorrem à compra dos
melhores acessórios quando
percebem que seu nível de jogo
chegou ao máximo de rendimento. Essa mudança pode vir
com um novo joystick ou teclado de resposta rápida e até mesmo com um volante de carro ou
um manche de avião.
Mas nem sempre a mudança
de controle significa um melhor rendimento no seu jogo.
"Ter um volante idêntico ao de
um carro esportivo, com câmbio, acelerador, freio, embreagem e ainda ter a resistência do
volante simulando impacto,
pode aumentar o nível de realismo do jogo, mas talvez empunhando um joystick simples
a pontuação final ainda seja
maior", analisa Alexandre Braga, professor do curso de design
de games da Faculdade
Anhembi Morumbi.
"Tudo depende do que o jogador está buscando. Se a sua
ideia é aumentar o realismo de
um simulador de corrida ou de
voo, os controles em forma de
volante ou manche podem ser a
melhor opção. Mas, se o que ele
quer é apenas bater recordes e
obter resultados cada vez melhores, controles simples com
botões bem posicionados talvez facilitem a sua vida", diz ele.
"Uma coisa é certa: quanto
maior o realismo, maior o nível
de diversão."
E os entusiastas não medem
esforços para conseguir simuladores cada vez mais reais. Em
alguns sites especializados, é
possível comprar manches de
avião, aceleradores e painéis
que imitam perfeitamente a cabine de uma aeronave comercial. O preço desse conjunto, no
entanto, pode passar dos
R$ 2.000, superando talvez o
preço do próprio computador.
Para o piloto de Need For
Speed Giovanni Lucas Magri,
campeão mundial do World
Cyber Games de 2005, o investimento vale a pena. Para rodar
com seu carro
tunado na versão Pro Street,
Magri utiliza um
volante G25, da Logitech. "Custa em torno de R$ 1.300, mas
com ele eu consegui melhorar
em muito o meu tempo", diz.
Na opinião de Eduardo Dib,
jogador de Counter Strike pela
equipe Calling Attention, a simulação de realidade perde lugar quando o mais importante é
velocidade de resposta.
"Qualquer teclado serve para
jogar Counter Strike, mas o importante é um bom conjunto de
mouse e mousepad", explica
Dib. "Não precisa ser o mais caro. Eu já tentei usar um mouse
com alta resolução, mas me
adapto melhor a um de somente 1.000 DPI. O importante é
encontrar a combinação certa
com o mousepad."
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