São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 2009

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consumo

Direção certeira

Volantes e manches ajudam a aumentar realismo de jogos de corrida e simuladores de voo

GAVROCHE FUKUMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em qualquer esporte, a diferença entre o fracasso e o sucesso reside em grande parte na inspiração e na habilidade; o restante fica por conta do equipamento. Rafael Nadal ou Roger Federer têm o dom de jogar tênis como poucos, mas usar o melhor calçado e empunhar um modelo de raquete top de linha ajudam na hora em que o jogo chega ao nível de profissionais tão bem ranqueados.
Na seara dos videogames, a história não é diferente: os e-atletas recorrem à compra dos melhores acessórios quando percebem que seu nível de jogo chegou ao máximo de rendimento. Essa mudança pode vir com um novo joystick ou teclado de resposta rápida e até mesmo com um volante de carro ou um manche de avião.
Mas nem sempre a mudança de controle significa um melhor rendimento no seu jogo. "Ter um volante idêntico ao de um carro esportivo, com câmbio, acelerador, freio, embreagem e ainda ter a resistência do volante simulando impacto, pode aumentar o nível de realismo do jogo, mas talvez empunhando um joystick simples a pontuação final ainda seja maior", analisa Alexandre Braga, professor do curso de design de games da Faculdade Anhembi Morumbi.
"Tudo depende do que o jogador está buscando. Se a sua ideia é aumentar o realismo de um simulador de corrida ou de voo, os controles em forma de volante ou manche podem ser a melhor opção. Mas, se o que ele quer é apenas bater recordes e obter resultados cada vez melhores, controles simples com botões bem posicionados talvez facilitem a sua vida", diz ele. "Uma coisa é certa: quanto maior o realismo, maior o nível de diversão."
E os entusiastas não medem esforços para conseguir simuladores cada vez mais reais. Em alguns sites especializados, é possível comprar manches de avião, aceleradores e painéis que imitam perfeitamente a cabine de uma aeronave comercial. O preço desse conjunto, no entanto, pode passar dos R$ 2.000, superando talvez o preço do próprio computador.
Para o piloto de Need For Speed Giovanni Lucas Magri, campeão mundial do World Cyber Games de 2005, o investimento vale a pena. Para rodar com seu carro tunado na versão Pro Street, Magri utiliza um volante G25, da Logitech. "Custa em torno de R$ 1.300, mas com ele eu consegui melhorar em muito o meu tempo", diz.
Na opinião de Eduardo Dib, jogador de Counter Strike pela equipe Calling Attention, a simulação de realidade perde lugar quando o mais importante é velocidade de resposta.
"Qualquer teclado serve para jogar Counter Strike, mas o importante é um bom conjunto de mouse e mousepad", explica Dib. "Não precisa ser o mais caro. Eu já tentei usar um mouse com alta resolução, mas me adapto melhor a um de somente 1.000 DPI. O importante é encontrar a combinação certa com o mousepad."


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