São Paulo, quarta-feira, 24 de setembro de 2008

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eleições

Candidatos querem cidades digitais

CONEXÃO >> Acesso à internet sem fio e desburocratização de serviços são propostas em comum tanto em SP quanto no Rio

DANIELA ARRAIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Se depender das propostas dos candidatos às eleições municipais de 2008, São Paulo se tornará uma ilha digital, em que a população acessa a internet sem fio em qualquer ponto da cidade, as burocracias dos serviços públicos são resolvidas em apenas alguns cliques e os telecentros funcionam em horário ampliado e podem ser usados como se fossem o computador de casa, sem limitações a sites como o Orkut.
Marta Suplicy (PT) prometeu, na semana passada, cobrir toda a cidade com internet sem fio em um prazo de quatro anos -o comando da campanha reconheceu que a universalização consumiria pelo menos oito anos, ou dois mandatos.
O projeto, que custará R$ 64 milhões, prevê a instalação de antenas em 3.000 prédios públicos. "Para aqueles que não têm acesso a um computador, nossa idéia é investir nos telecentros, implantando novos e reequipando os existentes onde for necessário", disse Marta.
A candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha, afirma: "Sou a favor de se implantarem redes sem fio pela cidade, mas sem esquecer das dimensões monstruosas do território e dos obstáculos físicos. Cobrir a cidade, sem que as pessoas paguem tarifa pelo uso, tem um impacto orçamentário que eu nem sei começar a imaginar", disse à Folha.
Soninha pretende ampliar cobertura on-line para desburocratizar serviços, instalar redes de Voip na administração para reduzir custos com telefonia, aumentar o número de computadores nas escolas e nas ruas, investir em mão de obra para manutenção e serviços de informática e espalhar micros pela cidade.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) pretende dar continuidade a iniciativas de sua gestão, como o SAC Eletrônico e o São Paulo Mais Fácil, que visam desburocratizar atividades.
Também afirma que irá dobrar o número de telecentros na cidade -para 600 unidades-, tornando-os acessíveis a todos os cidadãos, "com um projeto de instalação de 159 softwares especiais de leitura, que possibilitarão aos deficientes visuais não apenas acesso à leitura, como também aos programas para a criação de planilha eletrônica, editor de textos e internet".
Geraldo Alckmin (PSDB) pretende "ofertar banda larga em todo o município como política pública, seja por redes de fibra óticas, por linhas telefônicas digitais, modems de TV a cabo, satélite e redes sem fio".
O candidato afirma, ainda, que irá ampliar o uso de tecnologia na administração, para facilitar abertura e fechamento de empresas, obtenção de alvará de construção e licença de funcionamento, marcação de consultas médicas e fiscalização, entre outros. No Rio de Janeiro, a candidata Jandira Feghali (PC do B) pretende integrar os serviços públicos, dar acesso à banda larga para o bairros, com pontos de habilitação ao uso do equipamento, integrar escolas à rede de ensino e pesquisa, além de dar incentivo fiscal e tributário para as empresas de base tecnológica.
O candidato Fernando Gabeira (PV) também ressalta a universalização da banda larga, além da criação de "infovia" entre órgãos da prefeitura, para integrar estruturas tributária, financeira e administrativa.
Gabeira também pretende criar um sistema georreferenciado, para que a população receba sugestões ou solicite providências quando se deparar com um problema na cidade.
Em Recife, Mendonça (DEM) promete criar um documento com chip capaz de armazenar todas as informações necessárias à relação do cidadão com a prefeitura, como os dados biométricos para a saúde e a situação cadastral.


Colaborou a Agência Folha


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