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eleições
Candidatos querem cidades digitais
CONEXÃO >> Acesso à internet sem fio e desburocratização de serviços são propostas em comum tanto em SP quanto no Rio
DANIELA ARRAIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Se depender das propostas
dos candidatos às eleições municipais de 2008, São Paulo se
tornará uma ilha digital, em
que a população acessa a internet sem fio em qualquer ponto
da cidade, as burocracias dos
serviços públicos são resolvidas
em apenas alguns cliques e os
telecentros funcionam em horário ampliado e podem ser
usados como se fossem o computador de casa, sem limitações a sites como o Orkut.
Marta Suplicy (PT) prometeu, na semana passada, cobrir
toda a cidade com internet sem
fio em um prazo de quatro anos
-o comando da campanha reconheceu que a universalização
consumiria pelo menos oito
anos, ou dois mandatos.
O projeto, que custará R$ 64
milhões, prevê a instalação de
antenas em 3.000 prédios públicos. "Para aqueles que não
têm acesso a um computador,
nossa idéia é investir nos telecentros, implantando novos e
reequipando os existentes onde for necessário", disse Marta.
A candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha,
afirma: "Sou a favor de se implantarem redes sem fio pela
cidade, mas sem esquecer das
dimensões monstruosas do
território e dos obstáculos físicos. Cobrir a cidade, sem que as
pessoas paguem tarifa pelo uso,
tem um impacto orçamentário
que eu nem sei começar a imaginar", disse à Folha.
Soninha pretende ampliar
cobertura on-line para desburocratizar serviços, instalar redes de Voip na administração
para reduzir custos com telefonia, aumentar o número de
computadores nas escolas e
nas ruas, investir em mão de
obra para manutenção e serviços de informática e espalhar
micros pela cidade.
O prefeito Gilberto Kassab
(DEM) pretende dar continuidade a iniciativas de sua gestão,
como o SAC Eletrônico e o São
Paulo Mais Fácil, que visam
desburocratizar atividades.
Também afirma que irá dobrar o número de telecentros
na cidade -para 600 unidades-, tornando-os acessíveis a
todos os cidadãos, "com um
projeto de instalação de 159
softwares especiais de leitura,
que possibilitarão aos deficientes visuais não apenas acesso à
leitura, como também aos programas para a criação de planilha eletrônica, editor de textos
e internet".
Geraldo Alckmin (PSDB)
pretende "ofertar banda larga
em todo o município como política pública, seja por redes de
fibra óticas, por linhas telefônicas digitais, modems de TV a
cabo, satélite e redes sem fio".
O candidato afirma, ainda,
que irá ampliar o uso de tecnologia na administração, para facilitar abertura e fechamento
de empresas, obtenção de alvará de construção e licença de
funcionamento, marcação de
consultas médicas e fiscalização, entre outros.
No Rio de Janeiro, a candidata Jandira Feghali (PC do B)
pretende integrar os serviços
públicos, dar acesso à banda
larga para o bairros, com pontos de habilitação ao uso do
equipamento, integrar escolas
à rede de ensino e pesquisa,
além de dar incentivo fiscal e
tributário para as empresas de
base tecnológica.
O candidato Fernando Gabeira (PV) também ressalta a
universalização da banda larga,
além da criação de "infovia"
entre órgãos da prefeitura, para integrar estruturas tributária, financeira e administrativa.
Gabeira também pretende
criar um sistema georreferenciado, para que a população receba sugestões ou solicite providências quando se deparar
com um problema na cidade.
Em Recife, Mendonça
(DEM) promete criar um documento com chip capaz de armazenar todas as informações
necessárias à relação do cidadão com a prefeitura, como os
dados biométricos para a saúde
e a situação cadastral.
Colaborou a Agência Folha
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