São Paulo, quarta-feira, 24 de outubro de 2007

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primeiras impressões

Tela do novo iMac reflete rosto do dono

MONOBLOCO > Compacto, computador da Apple conta com processador e placa de vídeo destinados para notebooks

EMERSON KIMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem compra o novo iMac não precisa mais se preocupar com ataques pelas costas: sua tela reflete como se fosse um espelho -ou seja, é fácil ver o que se passa atrás de você.
Brincadeiras à parte, essa é uma das características que chamam a atenção no mais recente modelo do principal micro da empresa.
A Folha testou um iMac de 20 polegadas com configuração básica (processador Intel Core 2 Duo de 2 GHz T7300, 1 Gbyte de memória, disco rígido de 250 Gbytes e placa de vídeo ATI Radeon HD 2400 XT 128 Mbytes) cedido pela GreenMax. A Apple oferece outras opções de configuração e um modelo de 24 polegadas.
O revestimento brilhante do monitor -que também é o gabinete- substitui o fosco da versão anterior.
Com isso, as cores ganham mais vida, mas perdem fidelidade, e o reflexo de lâmpadas e janelas pode gerar distração. Outro problema da tela é o ângulo de visão: 160º, contra 170º do modelo anterior. Ao olhar para ela de outra posição que não a partir do centro, as cores facilmente se distorcem.
Isso ocorre porque o painel utilizado no monitor é o TN, de qualidade e custo inferiores aos encontrados, por exemplo, no de modelo de 24 polegadas, que tem 178º de ângulo de visão.
O pior de tudo é a falta de uniformidade do brilho na tela -o topo é mais escuro. Assim, ao arrastar uma foto de cima para baixo, ela fica mais clara sem que nada tenha sido alterado. Tal irregularidade não ocorre com o modelo de 20 polegadas da geração anterior.
Todos esses são problemas graves para profissionais que mexem com imagens, parte importante do público-alvo da Apple.
O design possui linhas elegantes, mas é controverso. O branco, apesar de substituído, no monitor, pelo alumínio com detalhes em preto, continua presente no mouse, nos botões do teclado e nos fios desses periféricos.
O Mighty Mouse continua o mesmo, com seus desajeitados botões laterais. O teclado, por outro lado, mudou completamente, a assemelhar-se com o do MacBook. Fino e baixo, dispensa a utilização de um apoio para os pulsos. As teclas seriam mais confortáveis se fossem mais altas, mas é fácil se acostumar com elas.
As duas portas USB 2.0 no teclado -uma de cada lado- são de fácil acesso, mas, como ele é muito baixo, conectar um flash drive em uma delas pode deixar o periférico bambo.
As outras portas -três USB, duas FireWire, uma mini-DVI (para conexão com segundo monitor)- ficam nas costas do micro. Sob ele, há uma porta que dá acesso às duas conexões para pentes de memória.

Desempenho
É recomendável 2 Gbytes de memória (o máximo é de 4 Gbytes) para ter uma boa performance, especialmente se você for utilizar programas pesados, como Photoshop e Final Cut, ou o Windows Vista.
A placa de vídeo é fraca para games, mas foi bem em testes com vídeos de alta definição. O iMac continua a ser uma opção a ser descartada por jogadores mais sérios. Mesmo configurações superiores não oferecem placas muito poderosas e, assim como em notebooks, fazer upgrade não é uma tarefa fácil.
Em testes comparativos com o antecessor (20 polegadas, processador Intel Core Duo 2 GHz, 512 Mbytes de memória), o novo iMac se saiu melhor, principalmente em tarefas pesadas. No uso de aplicativos leves, a diferença foi pouca.


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