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primeiras impressões
Tela do novo iMac reflete rosto do dono
MONOBLOCO > Compacto, computador da Apple conta com processador e placa de vídeo destinados para notebooks
EMERSON KIMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem compra o novo iMac
não precisa mais se preocupar
com ataques pelas costas: sua
tela reflete como se fosse um
espelho -ou seja, é fácil ver o
que se passa atrás de você.
Brincadeiras à parte, essa é
uma das características que
chamam a atenção no mais recente modelo do principal micro da empresa.
A Folha testou um iMac de
20 polegadas com configuração
básica (processador Intel Core
2 Duo de 2 GHz T7300, 1 Gbyte
de memória, disco rígido de
250 Gbytes e placa de vídeo
ATI Radeon HD 2400 XT 128
Mbytes) cedido pela GreenMax. A Apple oferece outras
opções de configuração e um
modelo de 24 polegadas.
O revestimento brilhante do
monitor -que também é o gabinete- substitui o fosco da
versão anterior.
Com isso, as cores ganham
mais vida, mas perdem fidelidade, e o reflexo de lâmpadas e
janelas pode gerar distração.
Outro problema da tela é o ângulo de visão: 160º, contra 170º
do modelo anterior. Ao olhar
para ela de outra posição que
não a partir do centro, as cores
facilmente se distorcem.
Isso ocorre porque o painel
utilizado no monitor é o TN, de
qualidade e custo inferiores aos
encontrados, por exemplo, no
de modelo de 24 polegadas, que
tem 178º de ângulo de visão.
O pior de tudo é a falta de
uniformidade do brilho na tela
-o topo é mais escuro. Assim,
ao arrastar uma foto de cima
para baixo, ela fica mais clara
sem que nada tenha sido alterado. Tal irregularidade não
ocorre com o modelo de 20 polegadas da geração anterior.
Todos esses são problemas
graves para profissionais que
mexem com imagens, parte
importante do público-alvo da
Apple.
O design possui linhas elegantes, mas é controverso. O
branco, apesar de substituído,
no monitor, pelo alumínio com
detalhes em preto, continua
presente no mouse, nos botões
do teclado e nos fios desses periféricos.
O Mighty Mouse continua o
mesmo, com seus desajeitados
botões laterais. O teclado, por
outro lado, mudou completamente, a assemelhar-se com o
do MacBook. Fino e baixo, dispensa a utilização de um apoio
para os pulsos. As teclas seriam
mais confortáveis se fossem
mais altas, mas é fácil se acostumar com elas.
As duas portas USB 2.0 no
teclado -uma de cada lado-
são de fácil acesso, mas, como
ele é muito baixo, conectar um
flash drive em uma delas pode
deixar o periférico bambo.
As outras portas -três USB,
duas FireWire, uma mini-DVI
(para conexão com segundo
monitor)- ficam nas costas do
micro. Sob ele, há uma porta
que dá acesso às duas conexões
para pentes de memória.
Desempenho
É recomendável 2 Gbytes de
memória (o máximo é de 4
Gbytes) para ter uma boa performance, especialmente se você for utilizar programas pesados, como Photoshop e Final
Cut, ou o Windows Vista.
A placa de vídeo é fraca para
games, mas foi bem em testes
com vídeos de alta definição. O
iMac continua a ser uma opção
a ser descartada por jogadores
mais sérios. Mesmo configurações superiores não oferecem
placas muito poderosas e, assim como em notebooks, fazer
upgrade não é uma tarefa fácil.
Em testes comparativos com
o antecessor (20 polegadas,
processador Intel Core Duo 2
GHz, 512 Mbytes de memória),
o novo iMac se saiu melhor,
principalmente em tarefas pesadas. No uso de aplicativos leves, a diferença foi pouca.
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