São Paulo, Quarta-feira, 24 de Novembro de 1999 |
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TECNOLOGIA Chegam os computadores realmente pessoais
HENRIQUE MARTIN da Reportagem Local Navegar na Internet com um monitor ligado aos seus óculos e sem usar mouse. Andar e trabalhar usando computadores e ficar com as mãos livres. Essas são as propostas dos computadores vestíveis (wearable computers), que começam a fazer o futuro ficar cada dia mais próximo -e o usuário parecido com um ciborgue (homem-máquina). A idéia é que os pequenos monitores e aparelhos para gravar dados -com ligação sem fio a redes locais e com ajuda de outras pequenas ferramentas- façam com que o vestível funcione como um assistente inteligente, em casa ou no escritório, tentando mudar o conceito de computador pessoal -e embelezar seu usuário. "O principal uso dos computadores vestíveis é manter suas mãos livres, permitir que você faça o que quiser com a ajuda da máquina e ainda acessar a Internet", disse em entrevista por e-mail Alex Lightman, presidente da InfoCharms, empresa que produz e testa os vestíveis. "Alguns vestíveis já estão à venda, mas são tão ruins e caros que não recomendo", diz Lightman. Uma das principais diferenças entre um vestível e um portátil é que o vestível está sempre em contato com sensores espalhados por um escritório, por exemplo, e recebe informações mesmo quando o usuário não espera. Essa possibilidade abre uma porta para uma imensa área de aplicações de memória -um exemplo simples é um vestível que lembra o usuário de reuniões ou de encontros e ao mesmo tempo está em contato com o banco de dados da empresa. Os vestíveis, então, são indicados para quem precisa de informação e comunicação em qualquer hora e qualquer lugar -de apostadores em cavalos a serviços de emergência, como polícia e bombeiros - e tomar notas- como estudantes e vendedores. Outra possibilidade de uso para os computadores vestíveis é a chamada "realidade aumentada": pequenos monitores anexados a microcâmeras que ajudam a consertar objetos e até fazem com que um dedo vire caneta virtual. No projeto de vestível chamado "rastreador de dedo", o monitor está nos olhos, e um menu no canto esquerdo mostra opções. A câmera reconhece um dedal no indicador da mão direita. O dedal é o mouse, e os movimentos feitos serão rastreados, mostrados no visor e então gravados. Mas essa realidade, por causa do preço, ainda está um pouco longe do usuário final. Um dos modelos à venda nos EUA, o Mobile Assistant IV, da Xybernaut, que vem com CPU e monitor, custa, em média, US$ 5.000. Seu uso é empresarial. Próximo Texto: Conceito surgiu nos anos 80 Índice |
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