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DIVERSÃO
Recém-lançada, seqüência de jogo revolucionário mantém e aprimora elementos que consagraram versão original
Narrativa e gráficos destacam Half-Life 2
THÉO AZEVEDO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Em 1998, Half-Life reinventou o
gênero dos jogos de ação em primeira pessoa com uma envolvente narrativa cinematográfica. Por
isso, a chegada de Half-Life 2, que
no Brasil custa R$ 99 e é distribuído pela Vivendi Universal (tel. 0/
xx/11/3889-5841), foi tão cercada
de expectativa.
Novamente, o protagonista é
Gordon Freeman, misto de cientista e "exército de um homem
só". Agora, Freeman trabalha para o misterioso G-Man, personagem da primeira versão e, pra variar, ainda está às voltas com uma
invasão alienígena, desta vez no
município de City 17. O que aconteceu exatamente desde o final de
Half-Life é difícil calcular, mas sabe-se que uma nova ameaça alienígena, os Combine, tomou conta
da Terra, que agora está em caos.
Half-Life 2 não é tão revolucionário quanto seu antecessor, nem
deve ser encarado sob essa ótica.
A atmosfera da série continua intocável e, desde o início, a impressão que se tem é a de estar participando de um filme.
Perfeição
O mecanismo gráfico Source,
usado em Half-Life 2, apresenta o
melhor visual já visto em um jogo.
O realismo na expressão facial e
na sincronia labial dos personagens não tem precedentes: nunca
foi possível perceber tão facilmente a emoção de um personagem através das expressões estampadas em seu rosto -40
músculos faciais são reproduzidos pelos gráficos.
Em relação ao original, o estilo
de jogo de Half-Life 2 não mudou
muito. O jogo não mostra animações entre um trecho e outro e
nem sequer é dividido em fases.
Uma das principais novidades
são os veículos, que oferecem a
possibilidade de enfrentar os inimigos em alta velocidade.
Durante boa parte do tempo, a
luta de Freeman é solitária, mas
em alguns trechos avançados o
cientista conta com aliados ao seu
lado. A partir daí, as batalhas em
larga escala dão o tom da ação,
com intensos tiroteios nas ruas de
City 17.
Em vez de desenvolver um suporte multijogador inédito para
Half-Life 2, a Valve Software simplesmente anexou ao jogo Counter-Strike: Source, nova versão do
mod (game modificado) mais popular do mundo.
Counter-Strike: Source é praticamente idêntico ao original, com
o fundamental diferencial de ser
baseado na engine Source, o que
literalmente dá nova vida ao mod
e torna mais agradável aos olhos o
confronto entre terroristas e antiterroristas preferido em LAN
houses e servidores espalhados
pelo mundo.
Considerando que a campanha
para um jogador dura de 15 a 20
horas, Half-Life 2 é um jogo com
boa durabilidade e daqueles para
ser visto com calma, degustado,
sem deixar escapar detalhe nenhum. Não inova de maneira radical, tampouco é um simples
"mais do mesmo". Em suma, é o
melhor jogo de 2004, imperdível
tanto para quem já conhecia a série quanto para os novatos.
Para jogar Half-Life 2 é necessário um computador com processador Pentium de 1,2 GHz ou
equivalente, 256 Mbytes de memória RAM, placa de vídeo 3D
compatível com DirectX 7 e sistema operacional Windows 98, Me,
2000 ou XP.
Théo Azevedo é editor do site
www.theogames.com.br
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