São Paulo, quarta-feira, 24 de novembro de 2004

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DIVERSÃO

Recém-lançada, seqüência de jogo revolucionário mantém e aprimora elementos que consagraram versão original

Narrativa e gráficos destacam Half-Life 2

THÉO AZEVEDO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Em 1998, Half-Life reinventou o gênero dos jogos de ação em primeira pessoa com uma envolvente narrativa cinematográfica. Por isso, a chegada de Half-Life 2, que no Brasil custa R$ 99 e é distribuído pela Vivendi Universal (tel. 0/ xx/11/3889-5841), foi tão cercada de expectativa.
Novamente, o protagonista é Gordon Freeman, misto de cientista e "exército de um homem só". Agora, Freeman trabalha para o misterioso G-Man, personagem da primeira versão e, pra variar, ainda está às voltas com uma invasão alienígena, desta vez no município de City 17. O que aconteceu exatamente desde o final de Half-Life é difícil calcular, mas sabe-se que uma nova ameaça alienígena, os Combine, tomou conta da Terra, que agora está em caos.
Half-Life 2 não é tão revolucionário quanto seu antecessor, nem deve ser encarado sob essa ótica. A atmosfera da série continua intocável e, desde o início, a impressão que se tem é a de estar participando de um filme.

Perfeição
O mecanismo gráfico Source, usado em Half-Life 2, apresenta o melhor visual já visto em um jogo. O realismo na expressão facial e na sincronia labial dos personagens não tem precedentes: nunca foi possível perceber tão facilmente a emoção de um personagem através das expressões estampadas em seu rosto -40 músculos faciais são reproduzidos pelos gráficos.
Em relação ao original, o estilo de jogo de Half-Life 2 não mudou muito. O jogo não mostra animações entre um trecho e outro e nem sequer é dividido em fases. Uma das principais novidades são os veículos, que oferecem a possibilidade de enfrentar os inimigos em alta velocidade.
Durante boa parte do tempo, a luta de Freeman é solitária, mas em alguns trechos avançados o cientista conta com aliados ao seu lado. A partir daí, as batalhas em larga escala dão o tom da ação, com intensos tiroteios nas ruas de City 17.
Em vez de desenvolver um suporte multijogador inédito para Half-Life 2, a Valve Software simplesmente anexou ao jogo Counter-Strike: Source, nova versão do mod (game modificado) mais popular do mundo.
Counter-Strike: Source é praticamente idêntico ao original, com o fundamental diferencial de ser baseado na engine Source, o que literalmente dá nova vida ao mod e torna mais agradável aos olhos o confronto entre terroristas e antiterroristas preferido em LAN houses e servidores espalhados pelo mundo.
Considerando que a campanha para um jogador dura de 15 a 20 horas, Half-Life 2 é um jogo com boa durabilidade e daqueles para ser visto com calma, degustado, sem deixar escapar detalhe nenhum. Não inova de maneira radical, tampouco é um simples "mais do mesmo". Em suma, é o melhor jogo de 2004, imperdível tanto para quem já conhecia a série quanto para os novatos.
Para jogar Half-Life 2 é necessário um computador com processador Pentium de 1,2 GHz ou equivalente, 256 Mbytes de memória RAM, placa de vídeo 3D compatível com DirectX 7 e sistema operacional Windows 98, Me, 2000 ou XP.


Théo Azevedo é editor do site www.theogames.com.br


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