São Paulo, quarta-feira, 25 de abril de 2007

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Tendências

Projetos pretendem recriar toda a internet

Pesquisas esperam por investimentos fortes

DA ASSOCIATED PRESS

Muitos especialistas acreditam que "começar do zero" é a única maneira para resolver a falta de segurança e de mobilidade acumuladas na internet desde a primeira troca de mensagens entre duas máquinas, em 1969.
A internet "funciona bem em muitas situações, mas foi projetada para um uso totalmente diferente [do atual]", afirmou Dipankar Raychaudhuri, professor da Universidade Rutgers, que é responsável por supervisionar três projetos de reforma da rede.
Até Vinton Cerf, um dos projetistas da internet, afirmou que repensar a internet é saudável, pois a atual tecnologia "não satisfaz todas as necessidades".
No nascimento da rede, os cientistas puderam trabalhar sossegadamente dentro de seus laboratórios. Desta vez, as empresas vêm desempenhando um papel de destaque, e órgãos governamentais devem interceder no processo para garantir controle sobre o conteúdo on-line.
A NSF (Fundação Nacional de Ciência, na sigla em inglês), dos EUA, deseja montar uma rede experimental conhecida como Geni (Ambiente Global para Inovações de Rede, na sigla em inglês). Universidades como Stanford, Princeton e Carnegie Mellon, além do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês), aparecem entre as instituições envolvidas em outros projetos.
O governo americano vem também explorando esse novo conceito. Esses esforços, porém, ainda estão em seus estágios iniciais e só devem render frutos dentro de dez ou de 15 anos.
Somados, os gastos de governos, universidades e empresas nos projetos podem custar bem caro. O pesquisador de Stanford Guru Parulkar prevê que o Geni custaria US$ 350 milhões.
Por enquanto, o dinheiro total investido nessa área chegou ao patamar das dezenas de milhões de dólares. E seria preciso gastar bilhões para substituir todo o hardware dos sistemas atuais.
Os defensores da abordagem do "começando do zero" dizem que o acolhedor mundo da pesquisa nos anos 1970 e 1980 não necessariamente combina com as necessidades da internet.
"Hoje, a rede é algo fundamental. No começo, era algo meramente experimental, afirmou .


Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO


Segurança é preocupação dos engenheiros

DA ASSOCIATED PRESS

Os primeiros projetistas da internet construíram um sistema baseado na confiança mútua.
Quase todos os pesquisadores se conheciam, o que se traduziu em esforços para manter a rede de compartilhamento aberta.
Mas os golpistas chegaram quando a rede crescia e hoje conseguem circular livremente porque a internet não possui mecanismos internos para identificar quem enviou o quê.
Com o passar dos anos, os engenheiros improvisaram medidas de segurança, mas elas apenas tampam buracos, em um eterno jogo de gato e rato.
No lugar de criar subterfúgios todas as vezes que problemas surgem, os pesquisadores do "começando do zero" desejam redesenhar o sistema a fim de que ele possa acomodar facilmente as futuras tecnologias.
Qualquer novo projeto deve incorporar mecanismos para redes múltiplas que operam nas mesmas vias, facilitando outros processos futuros de transição.


Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO


SUPERDOWNLOAD
UNIVERSIDADES CRIAM REDE PARA DAR MAIS RAPIDEZ À TRANSFERÊNCIAS DE ARQUIVOS
O projeto SET (Transferência Melhorada por Similaridade, na sigla em inglês), das universidades Carnegie Mellon e Purdue, encontra arquivos on-line que tenham partes parecidas e começa as transferências usando várias fontes. A rede BitTorrent, que baixa conteúdo de várias máquinas diferentes, serve como inspiração. A diferença da rede experimental é a possibilidade de copiar trechos de arquivos que não são exatamente idênticos.

BRASIL ON-LINE
De acordo com medição do Ibope/NetRatings, 16,3 milhões de brasileiros acessaram a internet, em casa, em março. O número de domicílios com pelo menos um computador conectado à rede aumentou. São 25 milhões de brasileiros morando em residências com acesso. Em 2006, eram 22 milhões.


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