São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 2005

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ROMANCE

Pioneiros do bate-papo estão juntos há dez anos

Alexandre Campbell/Folha Imagem
Flávio e Fernanda, que se conheceram em 1995 via chat


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A rede mundial não une apenas computadores. Ela também une pessoas.
O entusiasta das redes BBS (popular opção de comunicação entre computadores antes da internet) Flávio Zarur Lucarelli foi um dos brasileiros que descobriu isso bem cedo.
Responsável por um dos três maiores provedores de BBS da época, o Lucanet, Lucarelli foi uma espécie de "piloto de testes" da internet brasileira.
Em maio de 1995, ele foi convidado pela Embratel para testar a internet em sua casa e, antes do final daquele ano, conheceu Maria Fernanda Siervi, com quem mantém até hoje um relacionamento que já dura dez anos -cinco como namorado e cinco como marido.
"Estávamos na transição da BBS para a internet. Foi algo interessante, pois nos conhecemos em modo texto. Ao vivo mesmo só depois de marcar um encontro", diz Lucarelli.
Ela usava a rede de bate-papo Pirch, e ele usava o mIRC. As duas redes de conversa eram baseadas no padrão IRC (Internet Relay Chat) e não havia como trocar imagens -fotos digitais eram coisa rara.
"Minha esposa também era usuária assídua de BBS e promovia encontros de usuários, como o NetGang, que chegava a reunir 200 pessoas em restaurantes do Rio de Janeiro", relembra Lucarelli.
Foi num desses encontros que a afinidade surgida nos primórdios da internet passou a se transformar em um relacionamento sério.
"Na época não era comum conhecer alguém assim via internet", resume Lucarelli.
Atualmente, o antigo provedor de BBS Lucanet, de Lucarelli, se transformou em um serviço de hospedagem (www.lucanet.com.br). (JB)


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