São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2008

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tecnologia

Veja como funciona um sistema de baixo custo sensível ao toque

KATE GREENE
DA "TECHNOLOGY REVIEW"

As telas sensíveis ao toque já são bem populares. O iPhone e o iPod Touch, da Apple, e a mesa touchscreen da Microsoft, a Surface, oferecem exemplos bem-sucedidos desse conceito.
O Windows 7, um sistema operacional a ser lançado no futuro, é compatível com essa tecnologia. Mas o poder dos programas atuais para as telas sensíveis ao toque continua a ser limitado, e os pesquisadores e os engenheiros não têm certeza ainda sobre a melhor forma de explorar os monitores de grandes dimensões.
Recentemente, porém, a Microsoft criou uma nova plataforma do tipo, chamada LaserTouch, que inclui um hardware barato o suficiente para transformar qualquer tela em touchscreen. O LaserTouch é um sistema montado com base na redução de custos: o hardware sai por cerca de US$ 200, sem contar o display -uma TV de plasma, por exemplo- e o computador responsável por rodar o programa.
Diferentemente do Surface, que usa câmeras embutidas dentro da mesa para detectar os toques e um sistema de retroprojeção para criar as imagens, o LaserTouch lança mão de uma câmera montada no alto do display.
Dois lasers infravermelhos, cujos raios possuem grande amplitude, ficam nos cantos da tela para criar camadas de luz invisível. Quando o dedo de uma pessoa encosta na tela, o plano da luz sofre uma interrupção -uma ação que é percebida pela câmera logo acima.
Uma das principais diferenças entre o Surface e o LaserTouch, disse Andy Wilson, um dos criadores do Surface, é que se pode utilizar o segundo em displays de alta resolução. Esses displays funcionam bem com os aplicativos gráficos, tais como os programas de edição de foto e vídeo.

Popularização
Apesar de as interfaces sensíveis ao toque terem ganhado um grande destaque recentemente, não se trata, com certeza, de uma tecnologia nova. Há décadas os pesquisadores realizam testes com as telas desse tipo nos laboratórios.
No entanto, somente quando o iPhone mostrou uma aplicação prática para essa tecnologia, a empolgação em torno dela aumentou, afirmou Scott Hudson, professor de ciência da computação na Universidade Carnegie Mellon.
"O iPhone deu às telas sensíveis ao toque um enorme montante de visibilidade neste momento", disse. "Acho que a tecnologia atingiu o nível de interesse do público em geral de forma que muitos fabricantes estão vendo isso como um potencial."
A Microsoft não é a única empresa a oferecer grandes displays touchscreen. Os Laboratórios de Pesquisa Mitsubishi Electric montaram o DiamondTouch, uma mesa sensível ao toque voltada ao setor empresarial. A Perceptive Pixel, uma empresa jovem com sede em Nova York e fundada por Jeff Han, um cientista da Universidade Nova York, vende telas touchscreen gigantescas, do tamanho de paredes e capazes de funcionarem com vários dispositivos.
E kits que permitem às pessoas montarem suas próprias mesas touchscreen de código aberto podem ser adquiridos por qualquer interessado.


Tradução de RODRIGO CAMPOS CASTRO


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