São Paulo, quarta-feira, 25 de julho de 2007

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Sistema operacional

Após seis meses, Vista ainda não "pegou"

EXPERIÊNCIA - Com sucessor impopular, Windows XP ganha sobrevida em computadores novos e continua como opção

JULIANO BARRETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Há seis meses, a Microsoft lançou campanha para anunciar a chegada do novo Windows. Os cartazes diziam em letras garrafais que "o "uau" começa agora" ("the wow starts now", no original em inglês).
Mas, mesmo ajudando a gerar lucros bilionários para a empresa e, oficialmente, vendendo "muito bem", o Vista parece não ter caído no gosto popular.
Há até quem diga que trocar o Vista pelo seu antecessor, o XP, é como fazer uma atualização (chris.pirillo.com).
O presidente da fabricante Acer, Gianfranco Lanci, resume a situação: "Toda a indústria está desapontada com o Vista. E isso não vai mudar no segundo semestre", disse em entrevista para a edição alemã do jornal "Financial Times".
"A estabilidade certamente é um problema", disse Lanci, que comanda a quarta maior fabricantes de PC do mundo.
A exigência de máquinas mais poderosas e a falta de compatibilidade com programas e com aparelhos mais antigos são os principais motivos para afugentar novos usuários.
O sistema precisa de, pelo menos, 1 Gbyte de memória RAM para funcionar direito e existem relatos de scanners, placas multimídia e webcams que simplesmente não são reconhecidos pelo novo sistema operacional da Microsoft.
Talvez por isso, HP, Dell, Toshiba e Lenovo continuam a vender máquinas novas com Windows XP. Boa parte das novas versões de programas famosos, como o Photoshop CS3, da Adobe, não são lançadas em versões exclusivas para Vista.
A Microsoft rebate dizendo que 72% dos usuários têm uma visão "favorável" do Vista, e apenas 8% se dizem desfavoráveis.
"Existem produtos que não trabalham com o Vista, mas os números superam as piadas que dizem que os usuários estão tendo uma boa "eXPeriência" com o novo Windows", responde o gerente de produtos da Microsoft, Justin Jed.

Segurança
A maior promessa do Vista era ser mais seguro do que qualquer outra versão do Windows.
Nesses seis meses, pode-se dizer que a meta foi alcançada apenas parcialmente.
Basta olhar a lista de atualizações de segurança da Microsoft. Mês após mês, o Vista precisou de remendos.
O maior mico aconteceu em fevereiro, logo em um das primeiras correções para o sistema. Ela corrigia falhas nos softs de proteção Defender e OneCare, da Microsoft.

Com agências internacionais


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