São Paulo, Quarta-feira, 26 de Janeiro de 2000


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REDE INTELIGENTE

Internet vira o microcomputador virtual

LISA GUERNSEY
do New York Times News Service

Se a expressão da moda há dois anos era portal da Internet, a de agora é computador virtual -ou computador ambulante, computador da Internet ou, em certos círculos, computação pervasiva.
Em 1998, os portais ficaram em destaque por sua capacidade de dar às pessoas um local central onde encontrar notícias, resultados de esportes e cotações de ações usando qualquer computador conectado à Internet.
Hoje a computação virtual vem sendo promovida por sua conveniência. A idéia de computador pessoal ganha um passo além: os usuários têm acesso constante a seus arquivos, agendas e compromissos -tudo pela Internet.

Informação disponível
"Qualquer informação de que você precisar estará disponível a qualquer momento, em qualquer lugar", diz Kevin Herrboldt, diretor de engenharia da Cyrus InterSoft, que está oferecendo um software chamado "Speiros" para computadores virtuais. "Não será mais preciso dizer "tenho de ir para casa fazer download de alguma informação em meu micro"."
Isso porque programas como processadores de textos, planilhas eletrônicas, agendas e jogos passam a ser usados diretamente na Internet, onde os arquivos também podem ser guardados.
Até agora, esses serviços estão disponíveis aos pedaços. Algumas empresas oferecem armazenagem on line, enquanto outras oferecem agendas ou álbuns fotográficos. Umas poucas empresas -como a MyFamily e a Bungo- tentaram unir esses serviços em um único pacote.
Os serviços mais novos, que continuam em fase de teste, oferecem programas de planilhas e de processamento de texto. Eles não precisam ser carregados no disco rígido de um computador -ou seja, o dono do micro pode escrever em um editor de textos sem ter de instalar o programa, gravar o arquivo no disco rígido da Internet e lê-lo em qualquer micro. Dá para pegar o programa emprestado ou, então, alugá-lo de empresas como a Cyrus InterSoft ou a Desktop, que mantêm cópias dos softwares em seus servidores e os operam via Internet.
Até agora, o conceito parece atrair principalmente usuários que têm conexões muito velozes com a Internet. E, assim como os portais não se tornaram essenciais para a maioria dos internautas, a computação virtual pode não cumprir as previsões sobre seu sucesso.

Segurança e velocidade
"As companhias opinam que a Internet é o lugar onde se guardarão coisas, e todos vão querer isso", diz Keith Dawson, editor do boletim distribuído via e-mail "Tasty Bits from the Technology Front".
Preocupações sobre segurança, confiabilidade e privacidade, para não mencionar largura de banda, podem impedir que algumas pessoas adotem o micro virtual, disse Dawson. "Não acredito que ele dominará o mercado. Será algo pequeno e pode não funcionar."


Tradução de Paulo Migliacci



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