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São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 2003
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MULTIMÍDIA Clié PEG-NX70V, da Sony, vem com câmera embutida e toca músicas Micro grava vídeos e gira tela para tirar fotografias
BRUNO GARATTONI DA REPORTAGEM LOCAL O micro de mão Sony Clié PEG-NX70V, definido pela empresa como "Personal Entertainment Organizer" (organizador de entretenimento pessoal), tem recursos que fazem jus a isso: além de tocar vídeos e músicas, o portátil, que usa o sistema operacional Palm OS 5, tem uma câmera que tira fotos e grava vídeos. Sua sofisticação se deve ao processador. Enquanto os palms costumam trazer chips de 66 MHz (o Tungsten T, que é o modelo mais refinado, tem um chip de 144 MHz), o Clié traz uma CPU de 200 MHz, típica dos portáteis com o sistema Pocket PC, da Microsoft. Mas o Clié também vai além dos modelos com o Pocket PC: quando é aberta, sua tampa de magnésio revela um visor colorido (resolução de 320x480 pontos) que gira 180 graus. Ele também traz um teclado alfanumérico embutido. A coleção de programas do Clié inclui tocadores de vídeo e som, softwares para controlar a câmera, um editor fotográfico, um gravador de voz e um programa que o transforma em controle remoto. O editor fotográfico é razoável, mas, como sua função conta-gotas é imprecisa, não é possível usá-lo para retocar manchas das fotos. O software de controle remoto fica aquém do ideal -não consegue se comunicar com controles de TVs e videocassetes para "aprender" seus códigos. A câmera não tira fotos de alta qualidade (resolução de apenas 0,3 Mpixel), mas surpreende ao gravar vídeos: embora tenham só 160x112 pontos -95% a menos do que o obtido por uma filmadora DV-, os filmes, que são salvos no formato MPEG-4, oferecem qualidade suficiente para publicação na internet (o mesmo vale para as fotos). No exterior, a Sony já lançou uma versão com câmera fotográfica de 2 Mpixels (milhões de pontos) e flash embutido. Por outro lado, o manual não traz uma indicação clara de como abrir os vídeos (formato MQV) num PC de mesa. As fotos podem ser gravadas na memória do aparelho (10,5 Mbytes livres, que comportam até cem imagens), mas os vídeos exigem um cartão de memória Memory Stick. Como o vídeo é comprimido, um cartão de 64 Mbytes comporta até 64 minutos de gravação (no modo de menor qualidade), mas os Memory Stick são caríssimos: na loja Superkit (www.superkit.com.br), por exemplo, um modelo de 128 Mbytes custa R$ 495 -50% a mais do que um cartão CompactFlash do mesmo tamanho. A conexão do Clié com o PC é conturbada. As operações tradicionais -sincronização de contatos e arquivos- são controladas pelo software Palm Desktop, que funciona direito. Mas, para trocar outros tipos de dados (arquivos de mídia, por exemplo), é preciso usar programas da Sony, cuja operação é confusa. Por exemplo: o manual do Clié diz que o usuário precisa converter suas músicas do formato MP3 para o formato Atrac3 antes de transferi-las para o portátil, estando sujeito a restrições de uso. Mas não é verdade. Basta ignorar o programa "oficial" (Sonic- Stage) e usar outro (MS Export) para exportar arquivos MP3 sem nenhuma limitação. Por outro lado, vale a pena converter os vídeos, pois o programa Image Converter apresenta ótimos resultados -comprime muito bem os arquivos. Por exemplo: um vídeo no formato DivX (que já apresenta alta taxa de compressão) caiu de 40,9 Mbytes para apenas 15,2 Mbytes, com perda de qualidade discreta. A conversão é feita em PC de mesa, que deve ter um processador potente: num micro com CPU Celeron de 1,34 GHz e Windows XP, a conversão de um vídeo de 4min07s levou 3min56s. O Clié usa uma bateria recarregável, cuja autonomia inspira precauções: ao reproduzir um vídeo em tela cheia (tarefa exigente), o portátil funcionou por 153 minutos antes de pedir recarga -a bateria ainda tinha energia para programas simples (bloco de notas, por exemplo). Em tarefas leves, a autonomia tende a ser maior. O sistema operacional (Palm OS 5) supostamente é compatível com os programas da versão 4, mas há exceções: jogos podem apresentar defeitos. Ainda que a internet não seja a vocação do portátil (não há modem embutido), ele aceita uma placa de rede sem fio padrão WiFi para navegar por meio de uma rede empresarial, por exemplo. O aparelho, que não foi lançado oficialmente pela Sony no Brasil, é vendido por um importador, que oferece seis meses de garantia. O preço é R$ 3.298 (www.imagemrio.com.br). Texto Anterior: Teste exclusivo: Micro de mão alia celular e acesso de alta velocidade Próximo Texto: Weblogs: Diários virtuais se popularizam na rede Índice |
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