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Empresa cria tocador portátil que usa DVDs com cem horas de música
BARRY FOX
DA "NEW SCIENTIST"
A indústria fonográfica condenou o lançamento de duas tecnologias que permitirão aos usuários gravar mais músicas em um
único disco. Os sistemas, criados
pelos gigantes da eletrônica Sony
e Philips, são vistos como potenciais ferramentas de pirataria.
"Qualquer coisa que permita às
pessoas piratear mais músicas
tem de representar más notícias
para a indústria fonográfica", disse um porta-voz da BPI (British
Phonographic Industry), associação de gravadoras da Inglaterra.
Os lançamentos surgem em um
momento em que a indústria fonográfica global sofre a sua pior
crise desde a introdução do CD. A
cópia gratuita de músicas via internet e a reprodução de discos
têm sido apontadas como culpadas pela queda nas vendas.
O sistema da Sony usará um algoritmo (método) de compressão
que colocará 30 horas de música
em um único CD virgem. Os discos poderão ser ouvidos em tocadores portáteis que custarão menos de US$ 160.
A tecnologia da Philips empregará um gravador de DVDs, permitindo colocar até cem horas de
música num disco que poderá ser
ouvido em tocadores portáteis.
A disposição da Sony em lançar
um gravador capaz de facilitar a
pirataria é algo surpreendente,
pois sua divisão fonográfica
(Sony Music) produz e vende CDs
comerciais. Embora a Sony Music
não tenha se pronunciado sobre o
lançamento, Mike Tsurumi, diretor da Sony Consumer Electronics (a divisão de produtos eletrônicos da Sony) na Alemanha, disse que a medida faz sentido: "A
indústria fonográfica precisa mudar seu modelo de negócios", afirmou. O novo caminho seria vender músicas legalmente pela internet. A International Federation
for the Phonographic Industry
(IFPI), que tem perseguido implacavelmente os piratas musicais, ainda não indicou como reagirá às novas tecnologias.
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