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GUERRA toma conta da INTERNET
DA REPORTAGEM LOCAL
A guerra desfechada pelos Estados Unidos
contra o Iraque, na semana passada, tem seu
front na internet. Hackers a favor e contra o
conflito fizeram suas manifestações em centenas de sites dos governos americano e britânico. Um funcionário de uma empresa de programas antivírus relatou mais de 800 invasões
na última sexta-feira, dez vezes mais do que na
semana anterior.
Foram invadidos sites de notícias do governo americano e de empresas britânicas, como
a Routeco (www.routeco.com), em cujo site
foi colocada uma foto de manifestantes queimando a bandeira dos EUA. O site da Seabornes (www.seabornes.com) também foi atingido. Os cibermanifestantes deixaram uma citação do Alcorão e o aviso: "Essa é a nova era da
ciberguerra que nós prometemos".
Essas cibermanifestações equivalem a grafites em muros. São mensagens para ganhar exposição na rede, e os danos às vítimas são mínimos. A maioria dos operadores desses sites
recuperou as páginas em poucas horas.
Além de manifestações pela rede, empresas
de antivírus previam a criação de vírus com temas relacionados ao Iraque. Um deles chega
por e-mail com a expressão "US Government
Material - Iraq Crisis" no campo do assunto.
Outro vírus escondido em e-mails usa mensagens contra a guerra, no campo de assunto,
para tentar atrair vítimas. Há também uma
praga que promete fotos feitas por satélites.
As manifestações contra a guerra também
viraram assunto entre correntes que circulam
por e-mail, com fotos reproduzidas pelo canal
de TV árabe Al Jazeera.
Cresceu em 70% o número de visitantes aos
principais sites noticiosos, que aproveitam a
internet de alta velocidade e apresentam vídeos e outros recursos multimídia. Segundo o
instituto de pesquisas ComScore Media Metrix, só na CNN a visitação aumentou 200%; o
site da concorrente Fox News, cujo número de
visitantes é bem menor, teve um incremento
de 218%. E a guerra também é estrela nos sites
de busca, onde superou a palavra sexo como
principal termo pesquisado.
Os blogueiros se transformaram em guerrilheiros pacifistas, mas há também os "falcões",
defensores da ação norte-americana. Manifestos pró e contra os EUA, diários com imagens
do conflito, análises e relatos de jornalistas independentes que estão cobrindo a guerra formam uma teia de páginas. Entre os ciberdiários que estão fazendo cobertura da guerra,
confira o pacifista peaceblogs.org/list.php, com 538 ciberdiários de 29 países, inclusive o
Brasil. A favor do conflito, há o www.crazysaddam.com e o www.warblogging.com.
Internautas do Kuait estão pondo mensagens diariamente no ciberdiário
www.qhate.com. Em tom mais crítico, há o
www.adammagazine.com. Pequenos comentários, colocados na rede minuto a minuto, estão em
www.agonist.org. Vários correspondentes fazem depoimentos em www.back-to-iraq.com. Em
www.warblogs.cc, há grande lista de
diários, com links para sites noticiosos. A
ONG www.unitedforpeace.org noticia as manifestações contra a guerra ocorridas em várias cidades no mundo.
(MARIJÔ ZILVETI)
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