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MARCHA DO PINGÜIM
Escolha do sistema operacional sem taxas ajuda a diminuir o preço dos PCs; veja softs compatíveis
Linux ganha espaço entre os iniciantes
DA REPORTAGEM LOCAL
Não existe um estudo conhecido que quantifique os usuários de
Linux no Brasil, mas é fato que o
sistema, que já foi uma exclusividade dos hackers, ganha novos
adeptos com rapidez.
Na semana passada, quando foi
realizada a sétima edição do Fórum Internacional de Software Livre, produtores nacionais e as redes varejistas deram
provas desse crescimento e mostraram que o pingüim que é mascote do Linux está cada vez mais
presente nos lares brasileiros.
Em uma feira de informática
realizada pelos hipermercados
Extra e que terminará no próximo
domingo, o computador mais
vendido até o fechamento desta
edição era um modelo com Linux,
o CCE Celeron D310.
O sistema que, diferentemente
do Windows e do Mac OS, não cobra taxas por direitos autorais,
ajudou a empurrar o preço dos
PCs para baixo. Na promoção do
Extra, o micro da CCE custa R$
999 e já vem com monitor.
Os modelos que atendem aos
requisitos do programa governamental "Computador Para Todos" ajudam a levar o Linux para
as casas de mais usuários.
De acordo com estimativas da
produtora do Insigne Linux, que
vem instalado nos micros da
Semp Toshiba, da Novadata e da
Kelow, cerca de 30 mil novos
usuários deverão se cadastrar por
mês até o final deste ano.
Desde o lançamento do programa governamental, no ano passado, segundo a empresa, mais de
100 mil cópias já foram ativadas.
A representante do Mandriva
Linux, sistema usado nos micros
da Positivo, a líder de vendas do
programa "Computador Para Todos", também avalia que seu número de clientes cresce rápido.
A Mandriva afirma que cerca de
30% dos 60 mil PCs produzidos
mensalmente pela Positivo saem
de fábrica com Linux.
O Windows é feito pela Microsoft, o Mac OS é feito pela Apple e
o Linux é feito por centenas de
empresas e milhares de programadores voluntários.
Isso permite que várias versões
do sistema sejam lançadas e resulta em vantagens, como sistemas
que se adaptam melhor às configurações de cada máquina.
Tanta diversidade, porém, também traz prejuízos. O mais patente é que certos programas e acessórios não são compatíveis com
todas as versões de Linux.
(JB)
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