POLIVALENTE Mesmo com a vocação para exibir vídeos na TV, o Chimera tem processador potente e pode ser usado como um micro normal para acessar a rede

JULIANO BARRETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Gravar programas de TV para que os telespectadores possam vê-los a qualquer hora foi a chave para o enorme sucesso do TiVo, um gravador digital de vídeo que ajudou a redefinir o modo como as emissoras dos EUA montam sua grade. Esse tipo de aparelho tem chegado ao Brasil de forma tímida, e as fabricantes aproveitam as novidades do mercado internacional para misturar tendências e atrair os consumidores.
O microcomputador Syntax Chimera Media Center testado pela Folha é um bom exemplo dessa movimentação. O micro tem as dimensões e os recursos de um desktop convencional, mas usa artifícios para ser um companheiro para a televisão. Ele vem com controle remoto e teclado sem fio, é compatível com home theaters e traz o sistema Windows Media Center, que facilita a gravação de vídeo e de música digital.
O Chimera tem placa sintonizadora de TV e pode funcionar como um TiVo genérico, com a vantagem de gravar filmes em DVD, instalar programas e acessar a internet como um computador comum.

A promessa e a prática
Para satisfazer o público que está acostumado a usar apenas toca-DVDs, o Media Center da Syntax precisa melhorar muito. O aparelho vem com sete pacotes de cabos e de conectores, todos com a embalagem idêntica. Apesar de necessária, a quantidade de fios pode assustar usuários iniciantes.
Superada a dificuldade da instalação, o novo obstáculo é a falta de resolução das imagens do Windows Media Center em um televisor convencional. Nos testes, as mensagens exibidas em uma tela de 21 polegadas eram ilegíveis em todas as configurações de resolução do micro. O problema pode ser superado com o uso de um monitor ou com uma TV de plasma. Mesmo assim, comandar um PC convencional à distância, com um mouse que é representado por uma pequena alavanca no teclado, exige uma adaptação complicada.


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