São Paulo, quarta-feira, 26 de agosto de 2009

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Avanços possibilitam mistura de realidades em celulares

LESLIE BERLIN
DO "NEW YORK TIMES"

Aquela linha mostrada pelas televisões nos jogos de futebol, quando existe dúvida da jogada, não está de fato no campo. Mas para quem vê, parece estar lá, como o gramado e os jogadores. A tecnologia foi um dos primeiros usos comerciais da realidade aumentada, que agora abre caminho na área dos telefones inteligentes, graças a avanços em hardware e software.
Os programas criados para celulares usam a tecnologia de posicionamento global do telefone para determinar a localização da pessoa e a bússola do telefone para identificar a direção para a qual o aparelho está apontado. Desse modo, o telefone é capaz de adivinhar o que o usuário está vendo. O programa de realidade aumentada, então, coleta informações sobre coisas interessantes presentes naquele campo de visão e as exibe por cima da imagem captada pela câmera.
Para que esses aplicativos de localização se difundam, eles precisam de acesso a uma vasta quantidade de dados atrelados a coordenadas geográficas, segundo Blair MacIntyre, diretor do Laboratório Augmented Environments do Instituto de Tecnologia da Geórgia. "De maneira ideal, eles gostariam de estar conectados ao mesmo banco de dados usados por Google Maps, Garmin ou TomTom", disse.
Essas informações com coordenadas geográficas poderiam vir também dos usuários. Na semana passada, por exemplo, a Mobilizy -empresa criadora do Wikitude.me, que oferece informações sobre 800 mil lugares, segundo seu fundador- introduziu um dispositivo que permite às pessoas adicionar seus próprios conteúdos ao programa de celular.
No futuro, pesquisadores precisarão elaborar uma forma de compensar as falhas dos sistemas de GPS com bússola, que não são totalmente precisos, disse MacIntyre. Ele espera que isso possa ser alcançado por meio da tecnologia de reconhecimento de imagem. E as pessoas talvez queiram ter a visão de sua realidade aumentada do mundo não apenas por meio de dispositivos que elas tiram do bolso, mas por meio de algum tipo de tecnologia que possa ser usada no corpo, como óculos especiais ou lentes de contato. Tais dispositivos ainda são protótipos.

Tradução de FABIANO FLEURY DE SOUZA CAMPOS



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