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Avanços possibilitam mistura de realidades em celulares
LESLIE BERLIN
DO "NEW YORK TIMES"
Aquela linha mostrada pelas
televisões nos jogos de futebol,
quando existe dúvida da jogada,
não está de fato no campo. Mas
para quem vê, parece estar lá,
como o gramado e os jogadores.
A tecnologia foi um dos primeiros usos comerciais da realidade aumentada, que agora abre
caminho na área dos telefones
inteligentes, graças a avanços
em hardware e software.
Os programas criados para
celulares usam a tecnologia de
posicionamento global do telefone para determinar a localização da pessoa e a bússola do
telefone para identificar a direção para a qual o aparelho está
apontado. Desse modo, o telefone é capaz de adivinhar o que
o usuário está vendo. O programa de realidade aumentada,
então, coleta informações sobre coisas interessantes presentes naquele campo de visão
e as exibe por cima da imagem
captada pela câmera.
Para que esses aplicativos de
localização se difundam, eles
precisam de acesso a uma vasta
quantidade de dados atrelados
a coordenadas geográficas, segundo Blair MacIntyre, diretor
do Laboratório Augmented Environments do Instituto de
Tecnologia da Geórgia. "De maneira ideal, eles gostariam de
estar conectados ao mesmo
banco de dados usados por
Google Maps, Garmin ou TomTom", disse.
Essas informações com coordenadas geográficas poderiam
vir também dos usuários. Na
semana passada, por exemplo,
a Mobilizy -empresa criadora
do Wikitude.me, que oferece
informações sobre 800 mil lugares, segundo seu fundador-
introduziu um dispositivo que
permite às pessoas adicionar
seus próprios conteúdos ao
programa de celular.
No futuro, pesquisadores
precisarão elaborar uma forma
de compensar as falhas dos sistemas de GPS com bússola, que
não são totalmente precisos,
disse MacIntyre. Ele espera
que isso possa ser alcançado
por meio da tecnologia de reconhecimento de imagem. E as
pessoas talvez queiram ter a visão de sua realidade aumentada do mundo não apenas por
meio de dispositivos que elas tiram do bolso, mas por meio de
algum tipo de tecnologia que
possa ser usada no corpo, como
óculos especiais ou lentes de
contato. Tais dispositivos ainda
são protótipos.
Tradução de FABIANO FLEURY DE SOUZA CAMPOS
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