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reportagem de capa
Técnica pode guiar personagens de jogos
DIVERSÃO Realidade aumentada engatinha no mundo dos jogos; livros infantis já incluem experiências com a tecnologia
DA REPORTAGEM LOCAL
Os jogos têm grande potencial para ser uma das áreas de
maior destaque no uso da realidade aumentada. Prova disso é
o TOPSS 3D Live, um jogo de
cartas, que, ao serem exposta à
câmera de computador, mostram um jogador de baseball
que pode ser controlado com o
teclado (veja em bit.ly/gamebb). Apesar das tentativas, o mercado ainda não decolou, já que nenhum título forte
foi lançado com a tecnologia.
Segundo o professor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) Romero Tori, não demorará muito
para que a técnica seja incorporada aos jogos. Outras tentativas estão sendo feitas e alguns
brasileiros estão no meio disso.
O professor explica que a tecnologia pode ser usada "por
exemplo, com a inserção de um
vídeo, que será o avatar do
usuário, no cenário do jogo; ou
um "Pac-Man" em que os jogadores andam pelo ambiente
"comendo" as vitaminas virtuais que aparecem."
Tendências
A técnica segue a tendência
de imersão já apresentada pelas grandes empresas -a Nintendo com o Wii, a Microsoft
com o Project Natal e a Sony
com o controle mais sensível
para PlayStation 3.
Tori diz apostar que a realidade aumentada irá no mesmo
caminho que a realidade virtual, que foi incorporada pelos
games. "A navegação em três
dimensões, hoje comum nos jogos, surgiu de pesquisas em
realidade virtual."
A produtora brasileira Hive,
de olho na movimentação,
anunciou que está criando um
jogo que usará os marcadores
de realidade aumentada no jeito de jogar.
Segundo Mitikazu Lisboa, diretor da empresa, o projeto ficará pronto em novembro, e o
personagem do game poderá
ser controlado por um marcador, que será reconhecido pela
câmera do usuário. "A imagem
vai guiar o personagem e controlar o jogo pela sua inclinação
e velocidade." O controle convecional pelo computador também será possível.
Literatura
Além dos jogos, outro mercado de entretenimento que deve
receber essa tecnologia de braços abertos é o da literatura. Segundo Geoffrey Long, do MIT
(Massachusetts Institute of
Technology), os programas de
realidade aumentada, aliados
aos smartphones e aos sistemas de localização, serão o futuro do ato de se contar histórias. Alguns livros infantis já
usam a técnica para trazer os
personagens até as crianças.
De acordo com Roberto Calderón, diretor da ABCZ Comunicação Estratégica, a agência
já negocia com editoras brasileiras. Um dos problemas ainda
é o preço -só a programação
em 3D pode custar R$ 300 mil
para um livro de 32 páginas.
Educação
O uso das técnicas da mistura
de realidades também é visto
como uma ferramenta de educação. Tori diz que a realidade
aumentada pode ser usada "por
exemplo, na manipulação de
estruturas anatômicas em pleno ar, para aumentar a sensação de presença de um aluno à
distância".
(AD)
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