São Paulo, quarta-feira, 26 de setembro de 2007

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Pacote gratuito enfrenta o Office

PRIMEIRAS IMPRESSÕES > Programa da IBM é mais simples que o da Microsoft, mas funciona bem

DA EQUIPE DE COLUNISTAS

A IBM lançou, na semana passada, uma nova investida no terreno dos pacotes de programas para escritório. Colocou no ar, para download gratuito, uma versão final de testes da suíte Symphony, que ressuscita o nome da antiga suíte rival do Office do início dos anos 90, comercializada pela Lotus.
A similaridade pára por aí. O novo pacote oferece três programas, o Documents, o Presentations e o Spreadsheets, com funções análogas às do Word, do PowerPoint e do Excel, todos da Microsoft.
A versão beta (de testes) era oferecida, na semana passada, apenas em inglês. Para baixá-la, é necessário fazer o cadastro no site oficial (symphony.lotus.com/software/lotus/symphony/home.jspa). Você deve informar seu e-mail no campo IBM ID; sua senha deve ter pelo menos oito caracteres ou dígitos.
O arquivo de download tem cerca de 140 Mbytes. Depois de copiado, você deve executá-lo. Esse processo irá gerar um outro arquivo, chamado setup, para fazer a instalação do produto. São necessários mais 315 Mbytes para a instalação.
Apesar de recomendar máquinas com 1 Gbyte de memória, o programa funcionou bem numa máquina com apenas 768 Mbytes de memória RAM.
Uma única interface abriga arquivos abertos por qualquer um dos três programas. Cada documento aberto ganha uma aba, tornando muito fácil a navegação entre os dados e os aplicativos. O canto direito da janela de trabalho é quase sempre ocupado por um painel contextual, que permite alterar as características de um objeto do documento.
Um recurso muito interessante é o fato de os programas exportarem dados para o formato PDF sem necessidade de software adicional. Todos gravam seus arquivos no formato ODF (Open Document File) como padrão, mas podem gravá-los em formatos da Microsoft, como DOC, XLS e PPT, compatíveis com o Office até a versão 2007.
Os módulos do programa possuem os recursos mais usados pelos usuários de Excel, Word e PowerPoint.
O processador de textos permite a criação de tabelas e tem um recurso similar ao autocompletar, além de corretor ortográfico -nessa versão, apenas em inglês.
A planilha possui um assistente para edição de funções e criação de gráficos e permite utilizar o conceito de planilhas tridimensionais, como o Excel.
O programa de apresentação faz o básico. Falta uma opção com modelos prontos, que auxiliem na criação rápida de uma apresentação. Talvez seja incluída na versão final.
Abri mais de 20 documentos criados no Word e não tive nenhum problema de compatibilidade. Planilhas do Excel e apresentações do PowerPoint também funcionaram adequadamente. A não ser que você tenha modelos muito sofisticados desses documentos, não deverá ter grandes problemas ao utilizar no Symphony arquivos criados no Office.
Considerando o OpenOffice, ou sua versão em português, BrOffice, como seu competidor direto, o Symphony perde por não ter os módulos de banco de dados, um programa de desenho e um editor de fórmulas. Mas apresenta uma interface mais moderna e integrada.
Trata-se de uma alternativa ao Office que irá atender a maioria das necessidades do dia-a-dia. É mais simples e possui menos recursos do que o pacote da Microsoft, mas é extremamente leve e fácil de usar.
Para os que têm cópias piratas do Office, o Symphony pode representar uma oportunidade para deixar suas máquinas com um conteúdo legal sem perder a funcionalidade de seus aplicativos mais usados. (JAR)


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