|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Redes de colaboração on-line, celular e serviços Wi-Fi inovam navegação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM BERKELEY
O GPS como o conhecemos
está se tornando obsoleto.
Relatório preparado pela
O'Reilly, editora americana especializada em tecnologia,
aponta mudanças no mundo da
geolocalização, termo que se
refere a qualquer serviço que
tenha geografia como produto.
No mundo "Where 2.0"
apontado pelo estudo, a partilha de informações geográficas
entre empresas e usuários é dominante. Projetos de plataforma aberta como o OpenStreetMap (openstreetmap.org) ganham destaque.
O relatório cita o caso da empresa holandesa AND, que
doou para o OpenStreetMap
todos os seus dados sobre a Holanda e a China por considerar
que a empresa perdia valor ao
reter as informações.
O mundo no qual o GPS surgiu era de baixa interatividade
entre empresas e usuários.
Bancos de dados geográficos
eram construídos por empresas tradicionais e mantidos em
sigilo. Ao mesmo tempo, usuários pouco podiam contribuir
para moldar esses dados de
acordo com suas necessidades.
Atualizações, como a de uma
rota errada em um mapa, em
bancos de dados de aparelhos
de navegação pessoal como o
GPS poderiam durar até três
anos para acontecer após a notificação feita pelo usuário.
Assim, os mashups -recombinações de informações de diferentes sites e usuários- são
lembrados como ideais para a
nova era da geolocalização.
Mais da metade dos trabalhos oferecidos no programmableweb.com, site que abriga diversos mashups, envolve
bancos de dados geográficos
como o Google Maps.
Um movimento que se pode
ver nesse contexto é a compra
de empresas de coleta de dados
geográficos por fabricantes de
aparelhos de navegação (a Tele
Atlas e a NAVTEQ foram adquiridas respectivamente pela
TomTom e pela Nokia).
Juntos, esses elementos podem gerar informações mais
detalhadas e com maior foco
em dados locais, uma das áreas
em que a primeira geração de
serviços geográficos fracassou,
segundo o relatório.
Aparelhos velhos
O GPS, como aparelho de navegação, também está em declínio, diz o estudo. Eles serão
substituídos por aparelhos de
navegação embutidos em telefones celulares.
Como sistema de localização
geográfico, o GPS também passará por mudanças. As redes via
satélite deverão ser associadas
a torres de celular e a redes Wi-Fi para melhor funcionamento
em áreas urbanas.
O relatório espera que o
mundo das informações geográficas deixe de ser "estático",
perdendo o foco exclusivo em
veículos e trazendo mais detalhes e capacidade para atualização rápida. Um exemplo desse
novo mundo da navegação é o
GeoVector (geovector.com),
que permite às pessoas apontarem seus celulares para diferentes objetos e lugares e obterem informação em tempo real
sobre eles.
(BRUNO ROMANI)
Texto Anterior: Locutora faz piada com mensagens Próximo Texto: Micro traz novo chip Índice
|