São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 2008

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Redes de colaboração on-line, celular e serviços Wi-Fi inovam navegação

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
EM BERKELEY

O GPS como o conhecemos está se tornando obsoleto.
Relatório preparado pela O'Reilly, editora americana especializada em tecnologia, aponta mudanças no mundo da geolocalização, termo que se refere a qualquer serviço que tenha geografia como produto.
No mundo "Where 2.0" apontado pelo estudo, a partilha de informações geográficas entre empresas e usuários é dominante. Projetos de plataforma aberta como o OpenStreetMap (openstreetmap.org) ganham destaque.
O relatório cita o caso da empresa holandesa AND, que doou para o OpenStreetMap todos os seus dados sobre a Holanda e a China por considerar que a empresa perdia valor ao reter as informações.
O mundo no qual o GPS surgiu era de baixa interatividade entre empresas e usuários. Bancos de dados geográficos eram construídos por empresas tradicionais e mantidos em sigilo. Ao mesmo tempo, usuários pouco podiam contribuir para moldar esses dados de acordo com suas necessidades.
Atualizações, como a de uma rota errada em um mapa, em bancos de dados de aparelhos de navegação pessoal como o GPS poderiam durar até três anos para acontecer após a notificação feita pelo usuário.
Assim, os mashups -recombinações de informações de diferentes sites e usuários- são lembrados como ideais para a nova era da geolocalização.
Mais da metade dos trabalhos oferecidos no programmableweb.com, site que abriga diversos mashups, envolve bancos de dados geográficos como o Google Maps.
Um movimento que se pode ver nesse contexto é a compra de empresas de coleta de dados geográficos por fabricantes de aparelhos de navegação (a Tele Atlas e a NAVTEQ foram adquiridas respectivamente pela TomTom e pela Nokia).
Juntos, esses elementos podem gerar informações mais detalhadas e com maior foco em dados locais, uma das áreas em que a primeira geração de serviços geográficos fracassou, segundo o relatório.

Aparelhos velhos
O GPS, como aparelho de navegação, também está em declínio, diz o estudo. Eles serão substituídos por aparelhos de navegação embutidos em telefones celulares.
Como sistema de localização geográfico, o GPS também passará por mudanças. As redes via satélite deverão ser associadas a torres de celular e a redes Wi-Fi para melhor funcionamento em áreas urbanas.
O relatório espera que o mundo das informações geográficas deixe de ser "estático", perdendo o foco exclusivo em veículos e trazendo mais detalhes e capacidade para atualização rápida. Um exemplo desse novo mundo da navegação é o GeoVector (geovector.com), que permite às pessoas apontarem seus celulares para diferentes objetos e lugares e obterem informação em tempo real sobre eles. (BRUNO ROMANI)


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