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Tela é novo desafio para engenheiro
MIGUEL HELFT
DO "NEW YORK TIMES"
T. V. Raman (emacspeak.sourceforge.net/raman) foi uma criança
estudiosa que desenvolveu amor por matemática
e charadas logo cedo. E a
paixão não mudou quando
um glaucoma levou sua visão aos 14 anos. Mudou o
papel da tecnologia em
ajudá-lo a atingir metas.
Raman agora é um respeitado especialista em
computação e engenheiro
do Google. No caminho,
ele construiu uma série de
ferramentas para ajudá-lo
a tirar vantagem de objetos que não haviam sido
desenhados para cegos.
Ele criou desde um cubo
de Rubik coberto de sinais
em braile até um programa que lê complexas fórmulas de matemática.
O próximo passo do engenheiro é tentar adaptar
os celulares com tela sensível ao toque.
Sem botões para guiar
os dedos, o celular touch-
screen pode parecer um
desafio assustador, mas o
engenheiro diz que os aparelhos podem ajudar os
deficientes visuais a navegar pelo mundo. "O celular
poderia dizer "ande para
frente 200 metros e você
chegará no cruzamento"."
Para mostrar seu progresso no trabalho com
smartphones, ele puxa o
seu aparelho com tela sensível ao toque, que funciona com o Android. O celular já tem com um programa leitor de tela, e agora
ele e seu colega Charles
Chen estão desenvolvendo maneiras de permitir
que deficientes visuais
possam digitar textos, números e comandos pela tela. Isso deve complementar os sistemas de reconhecimento de voz, nem
sempre confiáveis.
Já que não pode digitar
precisamente, Raman
criou um discador que
funciona com posições relativas. O programa interpreta o lugar que Raman
toca primeiro como sendo
o número cinco (o centro
de um discador normal).
Para digitar outro número, ele desliza o dedo em
direção à posição esperada
do próximo dígito.
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