THÉO AZEVEDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em junho, mês previsto para o lançamento de Battlefield 2, os combates multijogador vão ganhar novas proporções no PC. A série, que já teve versões ambientadas na Segunda Guerra Mundial e na Guerra do Vietnã, deixa para trás as reconstruções históricas para se concentrar em um contexto bélico moderno.
A Folha avaliou uma versão parcial de Battlefield 2, que será protagonizado por três facções: os EUA, a China e a fictícia Coalizão do Oriente Médio, que claramente faz o papel de terrorista no jogo.
Como de costume na série, os campos de batalha são vastos e cheios de elementos. Na versão avaliada, o mapa comportava até 32 participantes, mas o limite máximo do jogo, com mapas apropriados, chega a 64 jogadores.
A vegetação rasteira dificulta a camuflagem, mas o mapa está repleto de edifícios abandonados e de muros, que permitem uma visão geral do terreno, o que é muito bom para os atiradores de elite. Além deles, há engenheiros, médicos, forças especiais, de assalto, de suporte e antitanque.
Em 2002, Battlefield 1942 mostrou, de uma forma nunca antes vista, como veículos poderiam ser utilizados nos jogos de ação em primeira pessoa. Battlefield 2 dá seqüência à tradição e traz mais de 30 veículos diferentes, que se locomovem por terra, água e ar. São tanques, jipes, aviões, helicópteros e até hovercrafts.
Somados às diferentes classes militares, os veículos expandem as possibilidades táticas de Battlefield 2, que, a exemplo de seus antecessores, é voltado para o combate com múltiplos usuários.
A versão avaliada permitia jogar o mapa em modo solo, com soldados controlados por inteligência artificial, mas não passa de um aperitivo (ou treino) para a verdadeira diversão, que é on-line.
Mesmo assim, o avanço na inteligência artificial dos adversários controlados pelo computador é notável: ao mínimo descuido, você é atingido em cheio pelo adversário. Por isso, usar as coberturas que o cenário oferece é essencial.
Em Battlefield 2, existe um sistema de ranking para o personagem do jogador. Você começa com o status de recruta e, conforme seus progressos, avança até chegar à patente de general, o que rende novas armas, medalhas e outros extras.
Os gráficos de Battlefield 2 são um atrativo à parte: texturas e efeitos especiais estão ainda mais realistas, ajudando o jogador a se sentir realmente em meio à batalha. O tempo de carregamento das fases está um pouco alto, mas isso é natural em uma versão que ainda não está otimizada.
Battlefield 2 deve ser demonstrado em mais detalhes durante a E3, feira de games que acontece em maio, nos EUA, mas, desde já, mostra que tem potencial para manter a série entre as prediletas dos fãs de combates on-line.