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Simulação militar recria emoção
KATIE HAFNER
DO "THE NEW YORK TIMES"
Um acidente põe à prova uma
tropa do exército norte-americano: um veículo blindado bateu em
um carro, ferindo uma criança,
que fica deitada no chão.
Enquanto um médico examina
a vítima, a mãe da criança chora, e
transeuntes se juntam para observar a cena. Um tenente chega ao
local e precisa tomar decisões: a
agitação popular aumenta e outro
batalhão pede ajuda pelo rádio.
A cena, que dura sete minutos, é
uma simulação de computador,
que funciona com reconhecimento de voz e foi desevolvida pela
University of Southern California,
nos EUA. O único participante
humano é o tenente: todos os outros personagens, incluindo um
sargento que conversa com o tenente, são criados pela máquina.
Para aumentar o realismo das
simulações, os pesquisadores
construíram uma sala especial,
com uma tela de quase 180, três
projetores de imagem e um sistema de som tridimensional. O sistema custou US$ 45 milhões.
O governo norte-americano desenvolve simuladores militares há
anos, mas, até agora, os sistemas
não levavam em conta os sentimentos dos soldados.
Segundo o cientista Barry Silverman, "a maioria dos jogos de
computador é visualmente impressionante, mas não reproduz o
comportamento humano". Ele
quer descobrir o papel das emoções no front: "Como você se sentiria depois de marchar por 16 horas num calor escaldante e sentir a
explosão de uma granada a poucos metros?", pergunta.
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