São Paulo, quarta-feira, 27 de junho de 2007

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Consumo

Energia vital

Baterias de eletrônicos têm limites para funcionar com capacidade máxima

JULIANO BARRETO
DA REPORTAGEM LOCAL

Novas formas de carregar os eletrônicos estão sendo experimentadas por todos os cantos.
No MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês), tentam aposentar os cabos com a eletricidade transmitida sem fio. Na Universidade da Califórnia, um projeto usa restos de comida para criar baterias movidas a hidrogênio.
Mas, na sua casa, enquanto as engenhocas estão só nos laboratórios, ainda é preciso se virar com tomadas e baterias.
Tanto em celulares quanto em notebooks, câmeras e toca-MP3 a energia é consumida de cada vez mais rápidamente sem que a recarga seja acelerada de forma significativa.
Resta então dosar melhor o uso dos recursos mais avançados dos aparelhos e não se esquecer de tomar cuidados básicos na conservação das baterias.

Vida útil
Grande parte dos eletrônicos atuais usa baterias de íon-lítio. Esse modelo não sofre do "efeito-memória", ou seja, não é preciso esperar a energia acabar para recarregar.
Mesmo assim, depois de um determinado tempo, a autonomia dos aparelhos inevitavelmente diminui.
"Baterias são dispositivos que sofrem desgaste com o tempo", diz o consultor da Motorola Umberto Corradin.
"Esse desgaste é associado à quantidade de ciclos de carga e descarga que ocorrem durante o uso." Em celulares e em notebooks, por exemplo, as baterias vêm prontas para passar por cerca de 300 ciclos.
Depois disso, o desgaste dos materiais começa a interferir no desempenho.
"Varia conforme o produto, mas as baterias têm mais ou menos o mesmo tempo de vida útil dos aparelhos, que é de uns dois ou três anos", diz o gerente de produtos da Sony Ericsson, Everton Caliman.
Enquanto você gasta os ciclos, dizem os especialistas, não há problema em carregar eletrônicos parcialmente ou em deixá-los conectados via USB -uma maneira de carregar os celulares modernos.
"O usuário de notebook pode recarregar a bateria a qualquer momento. Se, por exemplo, ele fica no escritório, poderá estar com o cabo de força conectado 100% do tempo e não terá problemas", assegura o gerente de produtos móveis da HP Brasil, Daniel Ribas.
Mesmo com a liberdade para recarregar quando e como quiser, convém tomar cuidado com a temperatura e a umidade do ambiente em que os eletrônicos estão guardados.
"O consumidor também deve evitar os carregadores piratas. Eles têm ajustes que podem reduzir a vida útil do celular", aconselha Caliman.


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