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Nova tecnologia interliga dados
JOHN MARKOFF
DO "THE NEW YORK TIMES"
Em 1991, David Gelernter, um
cientista de Yale, propôs a utilização de softwares para criar uma
simulação em computador do
mundo físico, tornando possível
mapear o fluxo do trânsito, o crescimento urbano e diversos outros
dados desse tipo.
A idéia de Gelernter ficou mais
próxima da realidade nas últimas
semanas, quando Google e Yahoo! divulgaram novas ferramentas de programação, chamadas
API, que tornam muito mais fácil
ligar praticamente qualquer tipo
de informação da internet a mapas virtuais e, no caso do Google,
a imagens de satélite.
Seu uso foi demonstrado de diversas formas, tanto por curiosos
quanto por empresas, incluindo
um guia dos lugares e restaurantes da Califórnia que aparecem no
filme "Sideways - Entre Umas e
Outras" e mapas dos locais dos recentes atentados em Londres.
Ainda neste ano, a Microsoft pretende lançar um serviço concorrente, o Virtual Earth.
Yahoo!, Google e Microsoft estão criando esses serviços com a
expectativa de que se tornem uma
parte importante de uma área significativa da publicidade virtual:
propagandas dirigidas a públicos
de locais específicos, que seriam
embutidas tanto nos mapas gerados como nas imagens exibidas
ao lado deles.
Web 2.0
Os novos serviços representam
uma mudança para o que está
sendo chamado de Web 2.0, conjunto de tecnologia que vai ligar
tudo, como peças de Lego, de modos novos e inusitados.
As ferramentas API já resultaram em uma explosão de programas inovadores e, enquanto o
Google encoraja experiências de
entusiastas, a Microsoft volta-se
aos programadores profissionais,
pois prevê que eles produzirão algo comercialmente mais viável.
Já a força da nova interface do
serviço do Google está em sua
simplicidade para levar os mapas
informativos para qualquer site.
Por outro lado, os executivos do
Yahoo! dizem que estão céticos
quanto à importância das imagens de satélite.
A empresa está focada nos mapas digitais e espera que vários
grupos de internautas comecem a
experimentá-los, acrescentando
críticas a restaurantes e lojas e outras contribuições semelhantes.
Tradução de Flávio da Rocha Silveira
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