São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 2005

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Nova tecnologia interliga dados

JOHN MARKOFF
DO "THE NEW YORK TIMES"

Em 1991, David Gelernter, um cientista de Yale, propôs a utilização de softwares para criar uma simulação em computador do mundo físico, tornando possível mapear o fluxo do trânsito, o crescimento urbano e diversos outros dados desse tipo.
A idéia de Gelernter ficou mais próxima da realidade nas últimas semanas, quando Google e Yahoo! divulgaram novas ferramentas de programação, chamadas API, que tornam muito mais fácil ligar praticamente qualquer tipo de informação da internet a mapas virtuais e, no caso do Google, a imagens de satélite.
Seu uso foi demonstrado de diversas formas, tanto por curiosos quanto por empresas, incluindo um guia dos lugares e restaurantes da Califórnia que aparecem no filme "Sideways - Entre Umas e Outras" e mapas dos locais dos recentes atentados em Londres. Ainda neste ano, a Microsoft pretende lançar um serviço concorrente, o Virtual Earth.
Yahoo!, Google e Microsoft estão criando esses serviços com a expectativa de que se tornem uma parte importante de uma área significativa da publicidade virtual: propagandas dirigidas a públicos de locais específicos, que seriam embutidas tanto nos mapas gerados como nas imagens exibidas ao lado deles.

Web 2.0
Os novos serviços representam uma mudança para o que está sendo chamado de Web 2.0, conjunto de tecnologia que vai ligar tudo, como peças de Lego, de modos novos e inusitados.
As ferramentas API já resultaram em uma explosão de programas inovadores e, enquanto o Google encoraja experiências de entusiastas, a Microsoft volta-se aos programadores profissionais, pois prevê que eles produzirão algo comercialmente mais viável.
Já a força da nova interface do serviço do Google está em sua simplicidade para levar os mapas informativos para qualquer site.
Por outro lado, os executivos do Yahoo! dizem que estão céticos quanto à importância das imagens de satélite.
A empresa está focada nos mapas digitais e espera que vários grupos de internautas comecem a experimentá-los, acrescentando críticas a restaurantes e lojas e outras contribuições semelhantes.


Tradução de Flávio da Rocha Silveira


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