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Loucos por games
THÉO AZEVEDO
ENVIADO ESPECIAL A TÓQUIO
Todos os anos a Tokyo Game
Show (tgs.cesa.or.jp/english)
simboliza com perfeição a paixão dos nipônicos pelos jogos
eletrônicos. Em 2006, na sua
décima e maior edição, ocorrida de 22 a 24 de setembro, o
evento mostrou que há espaço
de sobra para todos os tipos de
game. A TGS teve o maior público de sua história: 192 mil
pessoas, sendo que 40 mil foram membros da imprensa e
da indústria especializada.
Foram exibidos mais de 500
títulos. Entre eles, lançamentos para a próxima geração de
consoles, para games on-line e
para celular. A feira também foi
palco do embate entre o PlayStation 3, da Sony, e o Xbox
360, da Microsoft.
A Sony, bastante prestigiada
pelos nipônicos, colocou o PS3
à disposição do público pela
primeira vez. Seu lançamento
está previsto para novembro.
Já a Microsoft apresentou
jogos adaptados ao gosto dos
japoneses para tentar seduzi-los e mostrar que o Xbox 360
não é tão americanizado assim.
Correndo por fora, o Wii,
próximo videogame da Nintendo, empresa que não participa da TGS,
apareceu em poucos jogos e ficou distante dos visitantes.
A Sony ainda protagonizou
uma outra batalha, dessa vez
pela supremacia dos portáteis.
O Nintendo DS domina o mercado, deixando para trás o PSP,
que, para se manter vivo, deverá incorporar até GPS.
Cultura nipônica
Nos dias em que a feira foi
aberta para visitação, com ingresso equivalente a R$ 20, foi
praticamente impossível caminhar pelo pavilhão de exposições do Makuhari Messe. Embora longe do tamanho e da importância da famosa feira de games E3, nos EUA, a Tokyo Game Show é um teste de fogo para jogos e produtoras, pois não
existe crivo mais severo do que o
do próprio consumidor -a feira
norte-americana não é aberta à
visitação do público.
A TGS serve também como
uma espécie de templo para celebrar a cultura nipônica dos
jogos eletrônicos: nem mesmo
o grande calor e a necessidade
de esperar horas em filas para
testar os games pareceram esfriar o ânimo dos japoneses.
Alguns dos visitantes até
levaram seus portáteis para
jogar partidas multijogador e
baixar conteúdo em certos estandes. Outros, mais assanhados, foram trajados com fantasias de seus personagens prediletos, passatempo conhecido
como cosplay, e viveram instantes de estrelato posando para fotos e participando de concursos específicos.
Experimentar os lançamentos às vezes era apenas um detalhe. O evento também ofereceu a oportunidade de se ver de
perto alguns ídolos dos nipônicos, como o produtor da aclamada série Metal Gear Solid,
Hideo Kojima, e de gastar um
punhado de ienes com os artigos de lojas de produtoras como Capcom, Square Enix e
SNK. Entre os artigos, havia
bonecos e camisetas de personagens -de games, é claro.
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