São Paulo, quarta-feira, 28 de março de 2007

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Usuário de banco na internet precisa ter cuidado com cliques

PAULA LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de muita gente desconfiar e preferir não fazer transações bancárias ou compras pela internet, esses mecanismos são bastante seguros se o usuário tomar alguns cuidados.
Para poder usar tranqüilo o internet banking e lojas on-line, é necessário ter softwares como navegador, antivírus e anti-spyware atualizados e ativados.
O que mais coloca o usuário em risco, porém, são os links que levam à instalação de programas maliciosos, clicados pelo usuário em e-mails, no Orkut ou no mensageiro instantâneo, diz Marcelo Lau, diretor-executivo da empresa Data Security.
Esses programas, uma vez instalados, podem roubar senhas do banco e números de cartões de crédito digitados pelo usuário quando ele acessa o site do banco ou faz uma compra.
"Não acredite em e-mails que prometem fotos de participantes do "Big Brother Brasil" e com outros assuntos populares. Isso não existe", afirma Lau.
Nessa época do ano, período de entrega da declaração de Imposto de Renda, chegam e-mails que fingem terem sido enviados pela Receita Federal. O órgão não envia e-mails e não se deve clicar em links dessas mensagens.
Os bancos e sites de comércio eletrônico, porém, também têm que fazer a sua parte. Segundo Lau, muitas vezes os clientes têm dúvidas, e os funcionários do banco não conseguem respondê-las. Outros clientes são vítimas de fraude e dizem que o banco não os orientou quanto à segurança na internet.
Mais senhas
Para tentar ficar um passo à frente dos criminosos, os bancos vêm implantando novas tecnologias para garantir a segurança no internet banking.
Alguns bancos oferecem aos clientes um programa contra cavalo-de-tróia a ser instalado no computador. Outros pedem informações pessoais do cliente quando ele acessa o site, com perguntas que mudam sempre.
Várias instituições enviam um cartão de senhas ao cliente, com dezenas de códigos; o site pede um deles a cada acesso. Assim, mesmo que um programa roube a senha do cliente, outro código será pedido no próximo acesso.
Mais avançados ainda são os "tokens", chaveiros eletrônicos que exibem uma senha que muda a cada poucos segundos e que deve ser digitada ao acessar o internet banking.
Os bancos aumentam a cada ano a segurança da sua infra-estrutura de tecnologia. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) estima que, em 2006, as instituições tenham investido R$ 5,3 bilhões em tecnologia.


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