São Paulo, Quarta-feira, 28 de Abril de 1999
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MERCADO

Saiba como escolher o computador ideal

ADRIANA MOURA
da Reportagem Local

No momento de comprar o computador novo, uma dúvida surge: o que vale mais a pena, comprar a máquina mais moderna, mesmo se não for usar todos os seus recursos, ou escolher outra mais barata, que ficará obsoleta antes?
Hoje, com a ciranda de diferentes tipos de microprocessador, cada um com suas especificidades, a escolha fica ainda mais difícil.
A recomendação dos especialistas é: antes de tomar uma decisão, analise seriamente que usos você dará para o computador -não só agora, mas nos próximos meses.
"A primeira recomendação é definir a utilidade. O uso estritamente doméstico pode ser enganoso, já que os games são os maiores comilões de recursos", diz o consultor de informática e colaborador da Folha José Antonio Ramalho.
Para aproveitar bem os games, é preciso uma placa aceleradora 3D e bastante memória RAM, que guarda os softs em execução.
"A maioria dos usuários compra computadores para tarefas simples, mas os games requerem muito", diz Ana Maria Piumbini, gerente nacional de varejo da IBM, baseando-se numa pesquisa da empresa entre jovens, que destaca o uso para a escola e para jogos.
É preciso levar em conta a capacidade do bolso e pesar a relação custo-benefício. O gerente de tecnologia da Intel, Milton Isidro, aponta quatro faixas nas quais se encaixar: até US$ 1.000; desse valor a US$ 1.200; daí a US$ 1.500; e os mais caros, topo de linha.
"Um menos atualizado pode ter depreciação muito rápida, mas é inútil comprar um topo de linha se o preço vai cair em seis meses", completa o diretor comercial da AMD, José Carlos Yazbek.
Além disso, é importante que possa ser atualizado somente o processador, sem exigir a troca da placa-mãe.

Configuração mínima
O mínimo, segundo os especialistas ouvidos pela Folha, é ter um chip Pentium II, AMD K-6 2 ou equivalente, com velocidade de pelo menos 300 MHz.
A memória RAM não pode ser inferior a 32 Mbytes -exigida pelo "Windows 98". Para Ramalho, por ser o mínimo, está longe de ser ideal: ele recomenda 64 Mbytes para cima. "Além disso, memória é barata e vale a pena investir em mais", diz o consultor Abel Alves.
O disco rígido ideal não é consenso: enquanto Alves recomenda 4 Gbytes, para que não se pague mais por uma capacidade ociosa, Ramalho aconselha um de 8 Gbytes. "Qualquer aplicação nova ocupa 400 Mbytes, em média. Dez programas lotariam o disco."
Básicos, hoje, são kit multimídia -que inclui CD-ROM e placa de som- e modem, cujo padrão é de 56 Kbps. A velocidade do CD-ROM já não tem tanta importância: a maioria atualmente é de 32X, considerada mais que suficiente.

Escolher como carro
Como opção aos PCs, aparece o iMac, o pequeno computador colorido da Apple. "Ele não tem nada supérfluo, é simples e poderoso", diz o gerente de produto da Apple,Thiago Marques.
A aposta da empresa é na escolha do computador como um carro, em que o mais importante são o modelo e a cor.


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