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MERCADO
Saiba como escolher o computador ideal
ADRIANA MOURA
da Reportagem Local
No momento de comprar o computador novo, uma dúvida surge: o
que vale mais a pena, comprar a
máquina mais moderna, mesmo se
não for usar todos os seus recursos, ou escolher outra mais barata,
que ficará obsoleta antes?
Hoje, com a ciranda de diferentes
tipos de microprocessador, cada
um com suas especificidades, a escolha fica ainda mais difícil.
A recomendação dos especialistas é: antes de tomar uma decisão,
analise seriamente que usos você
dará para o computador -não só
agora, mas nos próximos meses.
"A primeira recomendação é definir a utilidade. O uso estritamente doméstico pode ser enganoso, já
que os games são os maiores comilões de recursos", diz o consultor
de informática e colaborador da
Folha José Antonio Ramalho.
Para aproveitar bem os games, é
preciso uma placa aceleradora 3D
e bastante memória RAM, que
guarda os softs em execução.
"A maioria dos usuários compra
computadores para tarefas simples, mas os games requerem muito", diz Ana Maria Piumbini, gerente nacional de varejo da IBM,
baseando-se numa pesquisa da
empresa entre jovens, que destaca
o uso para a escola e para jogos.
É preciso levar em conta a capacidade do bolso e pesar a relação
custo-benefício. O gerente de tecnologia da Intel, Milton Isidro,
aponta quatro faixas nas quais se
encaixar: até US$ 1.000; desse valor
a US$ 1.200; daí a US$ 1.500; e os
mais caros, topo de linha.
"Um menos atualizado pode ter
depreciação muito rápida, mas é
inútil comprar um topo de linha se
o preço vai cair em seis meses",
completa o diretor comercial da
AMD, José Carlos Yazbek.
Além disso, é importante que
possa ser atualizado somente o
processador, sem exigir a troca da
placa-mãe.
Configuração mínima
O mínimo, segundo os especialistas ouvidos pela Folha, é ter um
chip Pentium II, AMD K-6 2 ou
equivalente, com velocidade de pelo menos 300 MHz.
A memória RAM não pode ser
inferior a 32 Mbytes -exigida pelo
"Windows 98". Para Ramalho, por
ser o mínimo, está longe de ser
ideal: ele recomenda 64 Mbytes para cima. "Além disso, memória é
barata e vale a pena investir em
mais", diz o consultor Abel Alves.
O disco rígido ideal não é consenso: enquanto Alves recomenda
4 Gbytes, para que não se pague
mais por uma capacidade ociosa,
Ramalho aconselha um de 8
Gbytes. "Qualquer aplicação nova
ocupa 400 Mbytes, em média. Dez
programas lotariam o disco."
Básicos, hoje, são kit multimídia
-que inclui CD-ROM e placa de
som- e modem, cujo padrão é de
56 Kbps. A velocidade do CD-ROM já não tem tanta importância: a maioria atualmente é de 32X,
considerada mais que suficiente.
Escolher como carro
Como opção aos PCs, aparece o
iMac, o pequeno computador colorido da Apple. "Ele não tem nada
supérfluo, é simples e poderoso",
diz o gerente de produto da Apple,Thiago Marques.
A aposta da empresa é na escolha
do computador como um carro,
em que o mais importante são o
modelo e a cor.
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