|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
jogos
Enfrente os seus ídolos pelo computador
DIVERSÃO > Via internet, jogadores comuns de xadrez, gamão ou pôquer têm chance de desafiar especialistas internacionais
CAROLINA ARAÚJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os principais torneios de xadrez são jogados na Europa, os
de pôquer, em Las Vegas, e o
campeonato considerado o
Mundial de gamão, em Mônaco. Mas não é preciso viajar
grandes distâncias para conhecer os melhores jogadores do
mundo -a internet permite
que aficionados interajam com
seus ídolos sem sair de casa.
No Internet Chess Club
(www.chessclub.com), o interessado por xadrez pode participar de torneios diários e ter
aulas on-line com jogadores titulados pela Fide (Federação
Internacional de Xadrez).
Para conhecer os grandes
mestres, o caminho mais fácil é
participar de simultâneas -um
enxadrista joga várias partidas
ao mesmo tempo- e acompanhar comentários de membros
do top 10 mundial, como Morozevich, Grischuk e Carlsen,
sobre torneios internacionais.
Só sócios têm todas essas
possibilidades. Para se associar, é necessário fazer o down-load de um software no próprio
site e pagar uma taxa anual de
R$ 100, com desconto de 50%
para estudantes. Para experiência, pode-se abrir uma conta gratuita, que dura sete dias e
permite acesso ao clube.
Torneio on-line
De acordo com o administrador do ICC no Brasil, Mauro
Amaral, dos 30 mil associados,
cerca de 6.000 são brasileiros.
O clube promove, anualmente,
o Dos Hermanas, o principal
torneio mundial on-line de xadrez blitz, com ritmo de jogo de
três minutos para cada participante. As classificatórias reuniram, em 2008, 1.700 jogadores,
número inimaginável em grande parte dos torneios ao vivo.
Dos 32 finalistas, 16 eram
grandes mestres, mas o vencedor foi o palestino naturalizado
norte-americano Jorge Sammour-Hasboun, que não está
na lista dos melhores do mundo. Ganhou 2.000, um prêmio que parece irrisório em vários esportes, mas razoável para um torneio de xadrez.
Para amadores, outra possibilidade para melhorar no xadrez são as aulas on-line. O clube tem uma lista de professores
certificados, e as aulas são realizadas em um tabuleiro reservado, bloqueado para outros
sócios. Os professores também
utilizam outros programas auxiliares, como Skype e softwares de treinamento de xadrez.
São as aulas on-line que permitem a Luís Coelho, único
brasileiro ranqueado entre os
20 melhores professores do
ICC, ter alunos em vários cantos do mundo -de Santos, onde mora, dá aulas para jogadores do Kuait, da África do Sul,
do Panamá e da Nova Zelândia.
Interface
Nem sempre o site freqüentado por campeões é acessível
para os amadores. É o que
acontece com o gamão. Eduardo Faro, presidente da Federação Paulista de Gamão, afirma
que os profissionais, como o
brasileiro Washington Oliveira, jogam no Fibs (www.fibs.com). Mas, segundo ele, a interface do site não é nada amigável, o que pode dificultar a
participação de iniciantes.
Para quem quer praticar, Faro recomenda o Netgammon
(www.netgammon.com), que
reúne 20 mil jogadores de 150
países e era, até alguns anos, o
principal site da modalidade.
Para participar, é necessário
baixar um software no site. O
acesso é grátis durante os três
primeiros meses. Depois, é preciso pagar uma taxa anual de
R$ 100 para ter acesso a todas
as funcionalidades. Além de jogar, é possível assistir a jogos e
conversar com os adversários.
Victor Marques, jogador profissional entre 2003 e 2004,
afirma: "Quando eu me dedicava ao gamão, jogava bastante
no Netgammon porque, mesmo que grande parte dos usuários fosse de amadores, havia
sempre partidas de alto nível".
Segundo Faro, a disseminação do gamão on-line provocou
a redução na diferença entre o
nível dos jogadores. "Com a
maior interatividade, a diversidade de adversários e a facilidade de haver muitas partidas
na internet, os amadores evoluem muito mais rápido", diz.
Texto Anterior: Canal aberto - José Antonio Ramalho: Coloque destaque no texto usando recursos de borda e sombreamento Próximo Texto: Fortuna e fama seduzem no jogo de cartas via rede Índice
|