DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto os adolescentes se lançam nos comunicadores, os pais muitas vezes ficam receosos de experimentá-los e, com isso, acabam ficando sem saber ao certo o que tanto seus filhos fazem quando estão on-line.
Em uma reportagem publicada na edição de 27 de março da revista "Time", esses jovens foram apelidados de geração multitarefa, em referência às inúmeras atividades que desempenham simultaneamente, principalmente quando estão conectados. Na maioria esmagadora dos casos, há sempre um mensageiro funcionando.

Pesquisas
De acordo com dados da Pew Internet and American Life Project, 82% das crianças da sétima série já estão on-line. O período médio em que ficam conectadas passou de 6,5 horas diárias para 8,5 horas diárias neste ano.
Um estudo de quatro anos da Universidade da Califórnia, envolvendo 32 famílias, pretende investigar o impacto desse comportamento nas relações familiares. Pais ou mães que chegam do trabalho recebem atenção dos filhos em apenas metade das vezes em que entram em casa -e isso muitas vezes se resume a um "oi".
Outra pesquisa, da Escola de Informação da Universidade de Washington, revelou que até os jovens se preocupam com a maneira como se perdem em suas múltiplas atividades digitais. Dos 60 entrevistados, a maioria disse se preocupar com o que deixa de fazer, como se exercitar e dormir.
Para que consigam adentrar no mundo dos filhos e descobrir quais as atividades que os deixam tão absortos, os pais devem ver por si mesmos do que se trata.
Tendo os pequenos como tutores, é recomendável que entrem em comunicadores e criem perfis em comunidades, para compreendê-los e até para tentar criar maneiras de usar esses serviços a favor da relação ou do aprendizado.
Monitorar o próprio vício em aparatos tecnológicos como TV, celulares ou tocadores, estipular regras aos filhos, como não jogar videogame quando tentarem conversar com eles, são alguns dos conselhos para não deixar que essas atividades virem obstáculos à boa relação familiar. (MB)


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