São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 2005

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ANTENE-SE

Veja como instalar e configurar sistema Wi-Fi doméstico, que transmite dados sem fio e custa a partir de R$ 350

Rede caseira compartilha ligação à internet

BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

As conexões de banda larga já são maioria, até no Brasil (segundo números do Ibope/NetRatings, 55% dos internautas residenciais têm acesso rápido), e cada vez mais lares possuem um segundo computador. Sendo assim, por que não aproveitar a conexão rápida e distribuí-la, sem fio, para todos os micros da sua casa?
Compartilhar uma conexão de rede já foi árduo, mas ficou mais fácil com a tecnologia Wi-Fi. Basta adquirir um wireless gateway, acessório que se liga à internet e possui uma antena para enviar e receber dados. É ele que faz a organização da rede sem fio.
O investimento, que começa em cerca de R$ 350, é apenas na compra dos equipamentos, ou seja, não é preciso pagar nada a mais na mensalidade da banda larga. Você deve ter, além do gateway, uma placa Wi-Fi em cada PC (exceto naquele que está ligado diretamente à banda larga).
A montagem de uma rede caseira é simples, mas, como não há padronização nos equipamentos, algumas coisas podem dar errado na instalação e na configuração.
Não deixe, em hipótese alguma, de ativar a criptografia na conexão e tomar as medidas de segurança básicas. Do contrário, o seu tráfego de dados poderá ser interceptado e a conexão ficará lenta -todos os penetras da vizinhança conseguirão usá-la sem pagar.
Ao escolher um wireless gateway (confira nesta edição um teste com três modelos), fique atento ao padrão Wi-Fi. Os tipos principais são o 802.11b e o 802.11g. O primeiro é mais antigo e mais lento, pois sua velocidade máxima é 80% menor que a do concorrente. Mesmo assim, os aparelhos do padrão 802.11b são suficientes para compartilhar a banda larga em até cinco PCs: enquanto a conexão à internet raramente supera 1 Mbps, uma rede Wi-Fi desse tipo atinge 11 Mbps, ou seja, tem folga para trafegar os dados.
Se você pretende usar a rede sem fio para outras coisas, como copiar arquivos grandes de uma máquina para outra -situação comum em pequenos escritórios- ou instalar outros periféricos sem fio (leia texto na pág. F4), opte por um gateway 802.11g, cuja velocidade teórica é 54 Mbps.
Esse padrão é compatível com seu antecessor, ou seja, as placas e os notebooks compatíveis com ele podem se conectar, também, a pontos de acesso (hotspots) do tipo 802.11b. O padrão 802.11a é uma terceira opção, mas, como não é compatível com os demais, está caindo em desuso.
Na hora da compra, tome cuidado com os lojistas, que podem tentar vender um mero access point como se ele fosse suficiente para o compartilhamento de internet. O wireless gateway tem vários conectores de rede -um WAN (Wide Area Network) e pelo menos um Ethernet. Já o access point geralmente possui apenas o conector Ethernet.
Os equipamentos usados na rede caseira não precisam ser todos da mesma fabricante. Além disso, como o gateway é configurado via navegador (veja quadro), funciona em qualquer sistema operacional -basta que o computador tenha uma placa de rede Ethernet comum, peça de série em praticamente todos os PCs fabricados nos últimos anos.
Além de compartilhar a banda larga entre micros, uma rede Wi-Fi caseira serve para várias outras coisas. Ela permite instalar em casa um gerenciador de mídia, aparelho que leva para a sala de estar músicas, fotos e vídeos armazenados no computador, e até conectar à internet o console de videogame para jogar on-line.




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