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ANTENE-SE
Veja como instalar e configurar sistema Wi-Fi doméstico, que transmite dados sem fio e custa a partir de R$ 350
Rede caseira compartilha ligação à internet
BRUNO GARATTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
As conexões de banda larga já
são maioria, até no Brasil (segundo números do Ibope/NetRatings, 55% dos internautas residenciais têm acesso rápido), e cada vez mais lares possuem um segundo computador. Sendo assim,
por que não aproveitar a conexão
rápida e distribuí-la, sem fio, para
todos os micros da sua casa?
Compartilhar uma conexão de
rede já foi árduo, mas ficou mais
fácil com a tecnologia Wi-Fi. Basta adquirir um wireless gateway,
acessório que se liga à internet e
possui uma antena para enviar e
receber dados. É ele que faz a organização da rede sem fio.
O investimento, que começa em
cerca de R$ 350, é apenas na compra dos equipamentos, ou seja,
não é preciso pagar nada a mais
na mensalidade da banda larga.
Você deve ter, além do gateway,
uma placa Wi-Fi em cada PC (exceto naquele que está ligado diretamente à banda larga).
A montagem de uma rede caseira é simples, mas, como não há
padronização nos equipamentos,
algumas coisas podem dar errado
na instalação e na configuração.
Não deixe, em hipótese alguma,
de ativar a criptografia na conexão e tomar as medidas de segurança básicas. Do contrário, o seu
tráfego de dados poderá ser interceptado e a conexão ficará lenta
-todos os penetras da vizinhança conseguirão usá-la sem pagar.
Ao escolher um wireless gateway (confira nesta edição um teste com três modelos), fique atento
ao padrão Wi-Fi. Os tipos principais são o 802.11b e o 802.11g. O
primeiro é mais antigo e mais lento, pois sua velocidade máxima é
80% menor que a do concorrente.
Mesmo assim, os aparelhos do
padrão 802.11b são suficientes para compartilhar a banda larga em
até cinco PCs: enquanto a conexão à internet raramente supera 1
Mbps, uma rede Wi-Fi desse tipo
atinge 11 Mbps, ou seja, tem folga
para trafegar os dados.
Se você pretende usar a rede
sem fio para outras coisas, como
copiar arquivos grandes de uma
máquina para outra -situação
comum em pequenos escritórios- ou instalar outros periféricos sem fio (leia texto na pág. F4),
opte por um gateway 802.11g, cuja
velocidade teórica é 54 Mbps.
Esse padrão é compatível com
seu antecessor, ou seja, as placas e
os notebooks compatíveis com
ele podem se conectar, também, a
pontos de acesso (hotspots) do tipo 802.11b. O padrão 802.11a é
uma terceira opção, mas, como
não é compatível com os demais,
está caindo em desuso.
Na hora da compra, tome cuidado com os lojistas, que podem
tentar vender um mero access
point como se ele fosse suficiente
para o compartilhamento de internet. O wireless gateway tem vários conectores de rede -um
WAN (Wide Area Network) e pelo menos um Ethernet. Já o access
point geralmente possui apenas o
conector Ethernet.
Os equipamentos usados na rede caseira não precisam ser todos
da mesma fabricante. Além disso,
como o gateway é configurado via
navegador (veja quadro), funciona em qualquer sistema operacional -basta que o computador tenha uma placa de rede Ethernet
comum, peça de série em praticamente todos os PCs fabricados
nos últimos anos.
Além de compartilhar a banda
larga entre micros, uma rede Wi-Fi caseira serve para várias outras
coisas. Ela permite instalar em casa um gerenciador de mídia, aparelho que leva para a sala de estar
músicas, fotos e vídeos armazenados no computador, e até conectar à internet o console de videogame para jogar on-line.
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