São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 2005

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Proteger conexão é fundamental para evitar a entrada de hackers

DA REPORTAGEM LOCAL

Usar uma conexão Wi-Fi sem criptografia equivale a pegar um megafone e sair gritando, na vizinhança, todo o seu histórico de e-mails, bate-papos, páginas acessadas e até senhas. Essa imprudência também convida curiosos a vasculhar a sua rede doméstica, fuçar em pastas compartilhadas e pegar carona na sua conexão -coisa que, em serviços de banda larga que limitam o tráfego de dados ou cobram por ele, pode representar até prejuízo financeiro.
Terrível, não? Mas, apesar disso, grande parte das redes Wi-Fi não usa criptografia: segundo estudo da empresa de segurança RSA, cerca de 30% das redes empresariais sem fios nos Estados Unidos e na Europa estão desprotegidas. Isso acontece porque a codificação de dados supostamente é difícil de ativar e configurar, até para profissionais da informática.
O procedimento é simples. Ao acionar a criptografia no seu gateway, é recomendável escolher o modo WPA (Wi-Fi Protected Access), mais seguro que o obsoleto WEP (Wireless Equivalent Privacy). Embora não seja a melhor opção, o WEP também proporciona grau de proteção adequado, ou seja, você pode comprar e instalar tranqüilo os gateways mais baratos, que não têm WPA.
A escolha da senha que protegerá a sua rede doméstica (veja quadro na pág. F2) envolve um detalhe. Antes de digitá-la é preciso selecionar, no painel de configuração do gateway, o modo ASCII. Do contrário, o aparelho só aceitará senhas escritas em linguagem hexadecimal -que alterna números e letras e é difícil de compreender.
Ao especificar a senha WPA, é preciso digitar uma palavra-chave de 13 caracteres e salvar essa configuração no gateway. Aí, basta ligar os micros que acessarão a rede e o Windows XP SP2 detectará a rede, exibindo uma tela para que você digite a senha.
Não se esqueça, também, de mudar a senha padrão do gateway, ou hackers e curiosos poderão tentar invadi-lo.
Boa parte dos gateways oferece firewall -filtro de dados- integrado, mas isso não significa que você possa ou deva descartar o firewall do Windows XP (ou um firewall separado, como o Norton ou o Zone Alarm, que pode ser baixado gratuitamente em www.download.com). O firewall via software deve ser mantido porque torna mais fácil monitorar a saída de dados, ou seja, detectar a eventual atividade de vírus, spyware, cavalos de tróia e demais programas parasitas.
Com a rede doméstica instalada e configurada, uma boa pedida para checar a segurança é instalar o software gratuito NetResView (www.versiontracker.com/dyn/moreinfo/win/49547), para Windows 2000 e XP. O programa mostra uma lista com todos os elementos compartilhados -pastas e impressoras, por exemplo- da sua rede.
Também vale a pena verificar, de tempos em tempos, a lista de máquinas conectadas à rede caseira. O procedimento para fazer isso varia conforme a marca e o modelo do wireless gateway que você tem instalado, mas, em geral, basta acionar a opção DHCP Client Table (ou equivalente) para ver os endereços de rede das máquinas conectadas e constatar a eventual presença de caronas na sua conexão. (BG)


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