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reportagem de capa
Interatividade deixa conversor mais caro
SEM GINGA Aparelhos oferecidos até agora não são compatíveis com programa de interatividade e podem ficar obsoletos
DA REPORTAGEM LOCAL
Os conversores para TV digital, que custarão até R$ 1.099,
poderão ficar ainda mais caros
quando forem compatíveis
com o sistema Ginga, que será
um dos responsáveis pela interatividade na TV digital. A opinião é do diretor de tecnologia
da Philips, Walter Duran. "Para
rodar o programa, tem que aumentar a capacidade de processamento e memória", afirma.
O executivo conta também
que o preço tende a cair quando
os produtos começarem a ser
produzidos no Brasil. O primeiro lote da Philips foi importado
da China.
O Ginga é o sistema que permitirá escolher por qual câmera assistir a um jogo de futebol,
acessar informações sobre notícias e comprar produtos que
apareçam em novelas.
Para cada televisão, será necessário um conversor, que está mais caro do que o inicialmente projetado. O governo estimava que cada unidade custaria cerca de R$ 250. Mas hoje o
modelo mais barato, da Positivo, custa R$ 499 e serve apenas
para TVs de resolução padrão.
Para TVs de resolução maior, a
mesma empresa está oferecendo um equipamento de R$ 699.
Nem na Santa Ifigênia, rua de
São Paulo dedicada a lojas de
eletroeletrônicos, o cenário é
diferente: o modelo encontrado pela reportagem, da TeleSystem, custa R$ 950.
As empresas Gradiente, Philips, Semp Toshiba e Sony também anunciaram seus conversores, mas nenhum deles menor do que esse preço (ver abaixo); a CCE afirmou que irá lançar um modelo para TVs de 480
linhas no primeiro trimestre do
ano que vem por R$ 499.
No site da Amazon, os conversores para TV digital custam
cerca de US$ 100, mas não
adianta comprar fora porque o
padrão brasileiro não é compatível com outros do mundo.
Segmentação
Serão transmitidos três tipos
de sinais digitais: em alta definição, em definição-padrão e
portátil, que oferece uma imagem menor.
Inicialmente, haverá somente três tipos de conversor: para
TVs de alta definição (a partir
de 720 linhas), para TVs analógicas (480 linhas) e para dispositivos portáteis. Representantes da indústria afirmam que,
com a interatividade, haverá
ainda mais opções de aparelhos.
(CR)
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