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Exigência de provedor é polêmica
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um dúvida é recorrente no
mundo da banda larga: além de
pagar pela conexão, é preciso
assinar um provedor? A resposta, segundo a Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações), é que sim.
No entanto, disputas jurídicas e tecnologias diferentes
mudam essa realidade.
A tecnologia ADSL, que utiliza os cabos de linha telefônica,
necessita de um provedor de
conteúdo, de acordo com a lei.
Ou seja, além de garantir a conexão, é preciso contratar um
provedor, como Terra, UOL ou
Globo.com para ter uma porta
de entrada.
Outras tecnologias, como as
que utilizam cabos das TVs por
assinatura ou conexão via rede
celular 3G, dispensam a contratação por parte do usuário, mas
isso não significa que não exista
um provedor.
A diferença é que não é necessário ter contratos com duas
prestadoras de serviço.
"A Anatel já deu seu parecer:
a operadora fornece conectividade e o provedor, acesso. Essa
regulamentação diz que o mercado não pode ter ofertas ADSL
com acesso direto", diz Eduardo Fumes Parajo, presidente da
Abranet (Associação Brasileira
de Provedores Internet).
"Essa é a melhor maneira de
evitarmos uma maior verticalização do setor, que seria muito
perigosa", diz Parajo.
Horácio Belfort, presidente
da Abusar (Associação Brasileira de Usuários de Acesso Rápido), considera a contratação de
um provedor de conteúdo uma
exigência descabida.
"Nós temos inúmeros relatos
de usuários que decidiram cessar o pagamento mensal do
provedor e ainda assim continuam se conectando sem nenhum entrave", afirma Belfort.
"Isso prova que tecnicamente
não é preciso pagar por esse
serviço", afirma.
Os provedores, por seu lado,
dizem que, além de conteúdo,
oferecem segurança, suporte
técnico e uma melhor experiência de conexão.
Provedores
Quatro provedores de conteúdo se destacam no Brasil.
O UOL tem uma carteira de
1,83 milhão de assinantes -1,2
milhão das contas são de banda
larga. O Terra possui 2,4 milhões de assinantes, sem discriminar quantos são de banda
larga. O iG diz ter 1,3 milhão de
assinantes banda larga. A Globo.com não revela o número.
Porém a realidade pelo Brasil
afora é bem diferente daquilo
que se vê nos grandes centros
urbanos.
O mercado de provedores é
diluído entre milhares de pequenas empresas. "Essas micro
e pequenas empresas oferecem
de e-mail, blogs e construção de
sites a conteúdos e serviços especializados. Os responsáveis
pelo crescimento da internet
brasileira são esses provedores
espalhados pelo Brasil inteiro",
afirma Parajo, da Abranet.
Um estudo do Grupo Teleco,
que mostra o cenário do primeiro trimestre de 2008, diz
que os pequenos provedores levam acesso a 74,2% dos municípios brasileiros.
Mas existem muitas desigualdades nessa divisão. Roraima tem apenas 20% de seus
municípios atendidos por algum provedor; o Piauí, 28%.
Esses provedores pequenos
têm, em média, pouco mais de
mil assinantes, diz o estudo.
(GF)
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