COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pesquisadores acadêmicos e corporativos já estão trabalhando em novas tecnologias de banda larga. Algumas chegarão a nossas casas rapidamente, outras são esperadas para um futuro próximo.
O professor e pesquisador Marcelo Zuffo, especialista em telecomunicações do Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da USP, aponta três novas tecnologias dentre as muitas que despontam na área: WiMAX, 3G e banda larga pela rede elétrica, a chamada PLC (Power Line Communications, ou comunicações por linha elétrica).
O funcionamento do sistema PLC é simples. Basta uma rede de fibra ótica ligada a um modem distribuidor próximo aos transformadores que ficam nos postes. Esse modem vai permitir a conexão em qualquer uma das tomadas atendidas pelo transformador.
Recentemente, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) regulamentou a internet pela rede elétrica, e testes já começaram no Paraná.
Implantada no Brasil recentemente, a rede 3G é a nova menina dos olhos das operadoras de telefonia móvel. Pesquisadores já desenvolvem a próxima geração, a 4G.
Enquanto a 3G oferece um limite de velocidade de cerca de 7 Mbps, na quarta geração a fronteira será 100 Mbps.
A empresa Qualcomm espera colocar no mercado, no segundo trimestre deste ano, a primeira família de processadores 4G. Normalmente, depois de lançado o processador, demora entre 12 e 15 meses para surgirem os primeiros aparelhos; sejam eles celulares ou modems.
No Japão e na Coreia do Sul, a quarta geração deverá estar disponível já em 2010. "No Brasil, precisamos passar pelos estágios regulatórios, reserva das faixas, para depois começar a operar. É difícil fazer um prognóstico, diria 2013 ou 2014", afirma Paulo Breviglieri, diretor corporativo da Qualcomm.

WiMAX
Parte das faixas de operação do WiMAX já está licitada e regulamentada no Brasil, no entanto o serviço ainda é restrito.
Ele começou a funcionar no ano passado. Na teoria, os equipamentos WiMAX têm alcance de até 50 km de raio, e capacidade de transmissão de até 70 Mbps. Planos para usuários comuns são ainda promessas. A expectativa é que eles comecem a ser vendidos já em 2009, ou em 2010.
Quem não gostaria de ter uma conexão de um terabit (1.024 gigabits por segundo, ou 1.024.000 Mbps)? Com uma velocidade dessas daria para navegar entre sites, por mais pesados que fossem, como se mudam os canais em uma televisão -instantaneamente.
O sonho de muitos internautas atende pelo nome de FTTH (Fiber To The Home, fibra para a casa). A ultra banda larga pode ser explicada como uma atualização da fibra ótica, que é muito frágil e quebradiça. "O FTTH usa um cabo polimérico, de plástico, extremamente flexível e durável. Podemos pensar em terabits por segundo em casa. Eu acho que o PLC e o WiMAX acabaram empurrando essa tecnologia lá para frente. Mas virá", diz Zuffo. (DBN)


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