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PARA CRIANÇAS
Mascote do Office for Kids ajuda crianças na leitura, mas tropeça na pronúncia
GABRIELA ROMEU
DA REPORTAGEM LOCAL
O pacote Microsoft Office
tem agora um filhote que
promete chamar a atenção
dos pequenos: o Office for
Kids (R$ 189), criado pela
empresa australiana eWord
Technologies, com previsão
de chegada às prateleiras
brasileiras em outubro.
Mas pai e filho só operam
juntos. Ou seja, para instalar
o Office for Kids, é preciso
ter MS Office na máquina
-assim, arquivos de texto,
por exemplo, podem ser
abertos nos dois programas.
Na versão infantil, Word,
Excel e PowerPoint foram
batizados com outros nomes
-OK Letras, OK Números e
OK Multimeios, respectivamente-, ganharam interface
com botões maiores (que,
ampliados, ficam com definição ruim), atividades lúdicas
de português e matemática e
um papagaio que lê (quase)
tudo o que a criança escreve.
E foi justamente o simpático papagaio OK, mascote
do Office for Kids, que mais
chamou a atenção de dois
alunos do colégio paulistano
Santo Agostinho, onde a reportagem da Folha testou a
aceitação do programa. Por
quase duas horas, eles fizeram desenhos, brincaram
com as atividades, inseriram
imagens de bichos em slides
e gravaram sons e falas.
A animação do papagaio
aparece na tela sempre que o
animal é requisitado pela
ferramenta "leitura", bastante útil para os pré-escolares. "Gostei do papagaio,
mas a voz dele é bem estranha, parece de robô", diz Flávia Iamagute, 10. Já Henrique Guizzard, 10, reparou
que o mascote não consegue
ler direito algumas palavras,
o que foi motivo de graça entre as duas crianças.
O analista de sistemas
Eduardo Yoshiaki Haruna,
39, coordenador da equipe
multidisciplinar da Planeta
Educação, empresa responsável pela tradução, adaptação e distribuição do software no país, explicou que os
técnicos estão corrigindo a
pronúncia do mascote.
Mas, quando o papagaio
tropeçava na pronúncia de
algumas palavras, os alunos
se preocupavam em verificar
a grafia das mesmas.
Atividades
Outro atrativo do software
são as mais de 60 atividades
espalhadas pelos programas
-como jogo de memória
com sinônimos e antônimos,
modelo para produção de
jornal e receitas que ensinam
a usar advérbios.
Nem todos os enunciados
das tarefas, no entanto, foram compreendidos pelos
alunos. "Bem mais intuitivo,
o programa pode ser um forte aliado do professor na sala
de aula, onde ele pode, até
mesmo, aplicar atividades
individualmente, conforme
a necessidade dos alunos",
explica a pedagoga Antonietta Soares do Prado, 40, da
equipe da Planeta Educação.
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