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reportagem de capa
Estudantes carregam pendrive e laptop
DE LÁ PARA CÁ Aparelhos eletrônicos e internet são usados para motivar alunos a pesquisar conteúdos na escola e fora dela
DA REPORTAGEM LOCAL
Na mochila de Luiz Maurício
Jardim Filho, 16, há espaço para pendrive, celular e laptop. Se
não deu tempo de terminar o
trabalho, ele leva o arquivo para
dar os últimos retoques junto a
colegas ou professores. Se precisa de um livro mas não o encontra na biblioteca, pesquisa o
conteúdo na internet.
"A gente acaba dependendo
da tecnologia para fazer tudo
com mais agilidade", diz o aluno do Colégio Pueri Domus. "E,
também, para ter mais fonte de
pesquisa. Se for depender só da
escola -onde existem cinco
computadores por prédio- a
gente não sabe se vai ter alguém querendo usar [a web]."
Para Felipe Tricate, 14, aluno
do Colégio Magno, o destaque
entre as inovações que chegam
à sala de aula vai para a lousa
eletrônica, que permite a exibição de imagens do computador
e a escrita manual, além da gravação do conteúdo em CD ou
DVD. "O professor pode desenhar na página, fazer esquemas. Acho positivo a escola
usar a tecnologia, porque isso
desperta o interesse da gente
para estudar mais", diz Tricate.
Camila Amâncio, 15, deixa o
celular e o iPod desligados enquanto está em aula, no Colégio
Pio XII. Mas o pendrive com
trabalhos e fotos de visitas pedagógicas está sempre com a
estudante, que até faz algumas
provas no computador.
Em casa, Camila usa a internet para complementar os estudos. "É um meio mais interativo de aprender as coisas", diz.
E a facilidade de já encontrar
tudo pronto na internet? "Eu
pesquiso, copio e colo o material, para leitura. Mas é para ler,
entender e, só depois, escrever.
É mais um processo para organizar as idéias", diz Camila.
Para Vitor Finotal, 16, que vai
para o segundo ano do ensino
médio, também no Pio XII, "é
difícil controlar a vontade de
copiar e colar". "Mas você sempre tem que saber que aquilo
não é 100% confiável. Tem que
pesquisar em livro também."
Por mais simples que seja copiar e colar textos da internet,
os estudantes esbarram em
anos de experiência dos professores. "Dá para perceber quando não foi o aluno que produziu
aquele conteúdo", diz Maria
Terezinha Vilardo Lopes, professora do Pio XII.
Ela costuma fazer roteiros de
trabalho com os alunos, para
que eles não cheguem com o
conteúdo pronto. "A gente
marca as etapas do trabalho.
Em um dia eles levam slides,
em outro, idéias para o texto."
Para João Roberto Moreira
Alves, presidente da ABT (Associação Brasileira de Tecnologia Educacional), o importante
não é a escola usar tecnologia, e
sim fazer com que os alunos
aproveitem essa tecnologia da
melhor maneira. "Não adianta
só disponibilizar condições de
acesso. É importante ter um foco e fazer um processo de
aprendizagem colaborativo",
diz.
(DANIELA ARRAIS)
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